O Brasil voltou a ser em Março o mercado emissor que mais impulsionou o crescimento das dormidas na hotelaria de Lisboa, com um aumento em 97,7% ou cerca de 41,5 mil, de acordo com dados do INE disponibilizados pelo Turismo de Portugal.

 

Esses dados indicam que o emissor número 1 em dormidas na Área Metropolitana de Lisboa( foto) foi França, com 94,5 mil, seguida da Alemanha, com 88,6 mil, e o Brasil foi terceiro, com 84 mil.

Porém, em aumento das dormidas face a Março de 2017, os residentes no Brasil mais do que duplicaram o aumento dos residentes em França, que foi em 15 mil, correspondentes a uma subida em 18,9%, e fizeram um aumento 69 vezes maior que o dos residentes na Alemanha (mais 0,6 mil, com +0,7%).

Aliás, os dados mostram que o aumento de pernoitas dos residentes no Brasil foi decisivo para evitar uma queda das dormidas em Lisboa no mês de Março, que este ano comparava desfavoravelmente com 2016, por não incluir a Páscoa, tendo em conta a quebra que isso implicou do mercado espanhol, com o número de pernoitas de residentes em Espanha a baixar 58,4 mil (-43,4%, para 76,2 mil).

Desta forma, e tendo em conta que já nos primeiros dois meses o ano o mercado brasileiro liderava as dormidas na hotelaria da Área Metropolitana de Lisboa (para ler mais clique: Brasil volta a ser o maior emissor de turistas para a hotelaria de Lisboa), no conjunto do trimestre essa liderança traduz-se em o Brasil ser a origem de 12,4% de todas as dormidas no alojamento turístico da região da capital, +3,8 pontos que há um ano, à frente de França, com 11,5%, como há um ano, Espanha com 10,1%, a descer 4,3 pontos, e Alemanha, com 8,8%, a descer 0,6 pontos.

Os dados recolhidos pelo PressTUR indicam que nos primeiros três meses deste ano, apesar do efeito ‘falta da Páscoa’, o número de turistas brasileiros no alojamento turístico de Lisboa subiu 70%, o que significou um aumento de 36,9 mil, para 89,7 mil.

A ampliar o impacto desse aumento esteve uma quase duplicação do seu tempo médio de permanência em Lisboa, de 1,4 para 2,75 noites, levando a que o número de dormidas tenha ‘disparado’ 66%, significando um aumento de 98,5 mil, para 247,7 mil.

O Brasil ultrapassou assim Espanha, França e Alemanha, que eram os três maiores emissores no primeiro trimestre de 2016.

Este ano, depois do Brasil estão França, com 228,8 mil dormidas, por um aumento em 16,2% ou 31,9 mil, e só depois surge Espanha, com 200,4 mil pernoitas, em queda de 18,9% ou 46,7%.

A Alemanha, por sua vez, caiu para nº 4, com 175,5 pernoitas (+8,8% ou mais 14,2 mil), seguida pelo Reino Unido, com 163,7 mil (+30,4% ou mais 38,2 mil), Itália, com 123,7 mil (-6,2% ou menos 8,2 mil), Estados Unidos, com 110,6 mil (+42,7% ou mais 33,1 mil), Holanda, com 61 mil (+28,3% ou mais 13,5 mil), Bélgica, com 43,6 mil (+4,5% ou mais 1,9 mil), e Irlanda, com 25,9 mil (+23% ou mais 4,8 mil).

O conjunto dos outros mercados não especificados representou 17,8% das dormidas, com um total de 611,1 mil (+17,8% ou mais 92,2 mil).Fonte: Presstur