Rampas, elevadores e até uma espécie de bondinho transformaram uma das principais atrações do Parque Nacional do Iguaçu, o Macuco Safári, em um dos mais novos atrativos acessíveis no Brasil. Todo o trajeto é inclusivo e todas as pessoas com mobilidade reduzida ou que fazem uso da cadeira de rodas são atendidas com soluções pensadas em permitir que elas aproveitem ao máximo o passeio pelo lugar conhecido mundialmente pelas Cataratas do Iguaçu e que ostenta o título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pela Unesco.
Quem aprovou a experiência foi Paulo Henrique Weber, 21 anos, que acompanhado pelo pai Valdemar, conheceu o parque. “Eu acho que isso que está sendo feito em Foz é muito legal, porque não atrai só o cadeirante, pois ele vem com o pai, a mãe, o irmão, a família e todo mundo vem curtir. Se não fosse dessa forma, as pessoas estariam com acesso muito restrito, seria difícil de chegar”, comenta Valdemar. “A acessibilidade está legal, o pessoal ajuda bastante. Cada cadeira tem uma situação diferente, mas o pessoal está preparado para ajudar”, prosseguiu.
Segundo a Demanda Internacional do Ministério do Turismo, a cidade de Foz do Iguaçu, onde fica o parque, foi o terceiro destino nacional mais procurado pelos turistas estrangeiros que vieram ao Brasil a lazer. As imponentes quedas d’água das Cataratas do Iguaçu são o carro-chefe do turismo na cidade e atraem mais de um milhão de turistas por ano. Somente em 2016 foram registrados visitantes de 172 nacionalidades.
E a ideia do Grupo Cataratas, concessionária responsável pela administração do parque é investir cada vez mais na acessibilidade. “Temos toda a disposição de fazer mais investimentos com o objetivo de melhorar a acessibilidade do Parque Nacional no sentido de garantir que todas as pessoas com algum tipo de deficiência possam ter acesso a essa beleza natural que é patrimônio de todos”, afirmou Fernando Henrique de Sousa, diretor institucional de Sustentabilidade do grupo.
O ministro do Turismo, Marx Beltrão (foto), conheceu de perto o percurso acessível e elogiou a iniciativa. “Iniciativa como essa são fundamentais para fazer com que cada vez mais atrativos brasileiros se preparem para atender de maneira qualificada todos os seus visitantes. Segundo o IBGE, 6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência e precisamos garantir o acesso dessas pessoas a todas as maravilhas do turismo”, defendeu.
Funcionando há mais de 30 anos no local, o passeio pelo Macuco Safari coloca o visitante nas águas do Rio Iguaçu e debaixo das quedas d’água. Depois de percorrer a primeira parte do trajeto em um carro elétrico, os visitantes encaram 600 metros de caminhada por uma trilha no meio da mata até chegar aos barcos que levam os corajosos até um banho nas quedas do Rio. A atração é cheia de adrenalina do início ao fim do passeio.
ACESSIBILIDADE
Com o objetivo de reforçar a importância da acessibilidade nos atrativos e prestadores de serviços, o Ministério do Turismo lançou, em 2016, a cartilha “Dicas para atender bem turistas com deficiência”, publicação destinada aos prestadores de serviços turísticos e gestores, com informações gerais e dicas práticas sobre como atender bem este importante público consumidor, afim de tornar o turismo uma experiência agradável e segura para todos.
Fonte: Agência de Notícias do Turismo