Por Nelson Rocha
Se no futuro o turista pagar uma taxa para entrar na cidade de Lençóis, cravada na Serra do Sincorá, na Chapada Diamantina, a 410 km de Salvador, não será novidade. Há duas décadas que se cogita esta possibilidade, mas nenhum projeto de lei foi até hoje apresentado na Câmara Municipal.
“Essa ideia é antiga, é velha, da gente, de todos os políticos, de todos os gestores, mas nunca entrou em prática. Não tem nem como. Nós não temos local pra poder parar os carros, pra poder cobrar”, declarou ao Portal Turismo Total o vereador Gilmar Galo, do PSD, que reconhece ser necessário uma lei para exigir do visitante a contribuição.
“Tem que ser um projeto, tem que ser aprovado pela Câmara. A gente só fala, nós vereadores, as pessoas que trabalham aqui com o turismo. Eu sou a favor, uma taxa lá na entrada – da cidade – não é nas localidades. Mas não tem nada assim, certo. É até bom pra o município. Tem tanta cidade que a gente vai e paga um pedagiozinho pra poder entrar, colaborar com a manutenção, mas por enquanto não tem nada”, declarou o Edil.
O conjunto arquitetônico de Lençóis, marcado por traços neogóticos, foi tombado pelo IPHAN em 1973 como Patrimônio Histórico Nacional. O ecossistema e a biodiversidade da beleza natural renderam a Lençóis, fundada no ano de 1845, o título de Parque Nacional da Chapada Diamantina, isto em 1985, enquanto que a sua infraestrutura turística lhe confere a classificação de destino indutor de turismo nacional e internacional por parte do Ministério do Turismo.
“É uma ideia de algumas pessoas do trade. O assunto foi cogitado, mas não foi destrinchado com mais cuidado, não foi formalizado”, pontuou Nelson Oliveira, presidente da Associação de Guias de Lençóis.
“Se houver retorno eu sou a favor. Mais limpeza, segurança nas trilhas, apoio ao turista. Não uma taxa exorbitante, mas uma taxa acessível, aí sim, se for beneficiar o patrimônio público estou de acordo com a taxa”, se manifestou a funcionária pública de Brasília, Eveline Fontes, encantada por conhecer a região do diamante.
Boa matéria, nelson! Boa notícia! Que a burocra, essa coisa tão burra e tão brasileia , não emperre essa ideia…