Atualmente, a Aerolíneas Argentinas opera 93 voos semanais para sete cidades brasileiras -São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Salvador e Porto Seguro (BA). Com a chegada de dois Boeing 737-800Max, marcada para dezembro deste ano, a companhia tem planos de incluir um oitavo destino verde-amarelo em sua operação regular já para 2018. A aérea analisa três opções: Recife (PE), Maceió (AL) e Natal (RN), mas não descarta a possibilidade de pousar no Norte, segundo afirmou Garcia. Adicionar um destino caribenho ao mapa de rotas também está nos planos.
De janeiro a julho deste ano, a aérea transportou 9,2 milhões de passageiros, o que representa crescimento de 13,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Considerando todas as rotas, a taxa de ocupação global durante os sete meses de 2017 foi de 81,1%. Em 2016, 11,9 milhões de passageiros embarcaram em um dos voos da companhia e a meta é bater esse número, chegando à marca de 13 milhões de viajantes em 2017. O Brasil é responsável por 40% do tráfego internacional da companhia atualmente.
Serviços e frota
Primeira companhia latino-americana a ter Boeing 737-800Max na frota, a Aerolíneas Argentinas também deve deslocar parte de seus 26 aviões Embraer que percorrem rotas internacionais para trechos domésticos – especialmente os inaugurais. Somada à expansão de rotas, a estratégia visa competir com as companhias de baixo custo que começaram a explorar a demanda argentina e também otimizar a operação de voos internacionais já que as aeronaves Boeing comportam até 170 passageiros, enquanto os aviões brasileiros estão limitados a 96 assentos. Assim, a companhia lança a operação em uma aeronave menor para sentir a demanda e substitui o equipamento quando for necessário expandir a oferta.
As resoluções também têm como objetivo dar continuidade a um plano assumido junto ao governo local para fortalecer o turismo interno. A meta é saltar dos 7,8 milhões de viajantes domésticos de 2015 para 11,7 milhões em 2019.”Já aumentamos a oferta doméstica em 14,5% na comparação de 2016 com 2017 e a meta para os próximos dois anos é chegar a 35 viajantes para cada 100 habitantes”, revelou o executivo. A empresa vem diminuindo gradualmente o aporte governamental e espera terminar 2020 sem precisar do subsídio. Os US$ 640 milhões de 2015 foram diminuídos para US$ 300 milhões em 2016 e a previsão é terminar 2017 com US$ 170 milhões.
Em termos de serviços, Garcia adiantou a reforma total do Salón Cóndor, a sala vip da aérea no aeroporto de Ezeiza. As novidades incluem um novo cardápio de petiscos quentes, bar de drinques e wine boutique e devem estar concluídas em janeiro de 2018. O chef Emanuel Zarlenga comanda o redesenho do serviço de bordo – que recebeu o nome de Blue Door – que também deverá estrear em janeiro, incluindo opções de culinária regional argentina, além de uma nova carta de vinhos assinada pela bodega Molina, vencedora de um concurso no país. Antes disso, em novembro, a Bravo!, plataforma de entretenimento a bordo, terá um upgrade de 40% no conteúdo disponibilizado. Fonte: Aerolíneas Argetnina/Brasilturis
Por Camila Lucchesi
Novos destinos, maior oferta de assentos, atualização da frota e reformulação de serviços. Essas são as principais frentes que compõem a estratégia da Aerolíneas Argentinas, anunciadas ontem por Diego Garcia (foto), diretor comercial da aérea, durante evento na capital paulista. “O Brasil é nosso principal mercado e, com a economia reagindo e a demanda corporativa em crescimento, foi possível aumentar a oferta para o País e melhorar nossas taxas de ocupação”, afirmou. Neste ano, o número de assentos para o Brasil aumentou 10% na comparação com a oferta de 2016 e a aposta é repetir a ampliação para 2018 nas mesmas bases.