Por Marcos Martins
As férias domésticas estão perdendo a preferência dos sul-coreanos, que procuram cada vez mais destinos de viagem no Exterior, de acordo com reportagem da Bloomberg. O presidente Moon Jae-in esperava que os gastos dentro do País aumentassem ao esticar em dez dias o feriado anual Chuseok, a partir de 2 de outubro, mas os moradores estão reservando mais voos internacionais do que em 2016.
A agência de viagens on-line Interpark Tour informou que as compras de passagens aéreas para destinos no Exterior mais que dobraram em comparação ao mesmo período em setembro do ano passado. “Normalmente, as viagens no Exterior são, principalmente, para os países vizinhos, mas os Estados Unidos e Europa foram responsáveis por cerca de 40%”, disse o gerente do escritório de Relações Públicas da Interpark, Frank Lee, sobre as vendas. Ele observou que esse índice pode subir, já que ainda faltam duas semanas para o feriado.
Os sul-coreanos já viajam mais para o Exterior antes mesmo da Coreia do Norte aumentar as tensões geopolíticas com seus recentes testes nucleares. Em julho, registros indicam que 2,39 milhões de pessoas viajaram para fora do País. A demanda por esse tipo de viagem aumentou após a renda per capita ultrapassar US$ 20 mil, segundo Kim Man-jin, chefe da Organização de Turismo da Coreia. “Esperamos que mais de 26 milhões de sul-coreanos viajem ao Exterior este ano, o que é um grande número em mais de metade da população total de cerca de 51 milhões”, afirmou à publicação.
Man-jin argumenta também que o feriado estendido pode ter influenciado nesse crescimento porque a Coreia do Sul é pequena e as pessoas tendem a fazer viagens mais curtas em casa e mais longas no estrangeiro. Enquanto isso, o Turismo receptivo caiu 21% durante os primeiros sete meses do ano. Esse fato deve-se, em parte, à proibição da China sobre pacotes turísticos em retaliação a Seul pela implantação do sistema de defesa antimísseis (Thaad) dos Estados Unidos. A perda estimada para a Coreia do Sul é de US$ 3,3 bilhões em gastos de turistas.
O número de chegadas de viajantes caiu 41% em julho, também por causa da tensão mais elevada com a Coreia do Norte. No mesmo mês, aumentou o déficit comercial da Coreia do Sul em serviços, duplicando em relação ao ano anterior para US$ 3,29 bilhões. Fonte: Panrotas.
