Por Nayara Oliveira
Moradores da regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste passarão por uma mudança de horário a partir da madrugada do dia 15 de outubro (domingo). O horário de verão será adotado por 11 estados e durará até 18 de fevereiro do ano que vem. Além de reduzir o consumo de energia elétrica, o novo horário proporciona uma hora a mais de energia solar, que pode ser aproveitada nas atividades rotineiras ou nos momentos de lazer.
De acordo com o Observatório Nacional, órgão responsável pela geração, distribuição e conservação da hora oficial no país, nos meses de verão o sol nasce antes que a maioria das pessoas tenha se levantando. Com a alteração no horário, o dia fica mais longo com possibilidade de utilização da luz natural por mais tempo.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, defende o horário de verão como responsável não só na economia de energia, como também para movimentar o comércio. “Os bares e restaurantes empregam 6 milhões de pessoas em todo o país e devem gerar um faturamento de R$ 166 bilhões neste ano. Os meses do horário de verão são fortes para o setor e é quando mais se gera empregos”, afirma o representante.
Solmucci explica ainda que o motivo desse incremento está na hora a mais de claridade que o horário de verão proporciona, o que incentiva as pessoas a tirarem um tempo para aproveitarem o final do dia. “Essa uma hora a mais faz com que o brasileiro vá para a rua e traz um astral positivo no cotidiano”, ressalta o presidente.
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que o período de horário de verão entre 2016/2017 durou 126 dias e gerou economia de R$ 159,5 milhões, superando os valores esperados, que eram por volta de R$ 147,5 milhões. Com a mudança no relógio, Roraima, Rondônia e o leste do Amazonas ficam com duas horas a menos em relação ao horário de Brasília. Já o Acre e o oeste do Amazonas ficam com redução de três horas.
HISTÓRIA
O horário de verão foi inicialmente adotado no Brasil em 1931, mas outros países já tinham aderido ao sistema. Na Primeira Guerra Mundial a ideia era economizar o carvão, principal fonte de energia da época. Em 1916, a Alemanha começou a utilizar o novo horário e foi seguida por outros países da Europa. Fonte: Agência de Notícias do Turismo