“Vamos ter que lidar com um Aeroporto de Lisboa saturado”, alertam operadores turístico portugueses

Os operadores turísticos portugueses perspectivam ter de continuar a “lidar com um Aeroporto de Lisboa saturado”, que provoca atrasos e outras condicionantes, face à inexistência de uma alternativa até à abertura do aeroporto no Montijo em 2021.

As preocupações foram salientadas por Nuno Mateus, director do operador turístico Solférias, e Fernando Bandrés, director do operador turístico Soltrópico, que falavam na XIII Convenção da rede de agências de viagens independentes GEA.

Em Lisboa houve este ano um caso particular relatado por Nuno Mateus, designadamente com a operação charter para Saïdia.

Os responsáveis do aeroporto “antecipavam-nos o horário todos os Sábados duas horas porque não havia capacidade nos balcões de check-in e o slot tinha que ser antecipado, mas o problema é que depois no final o voo atrasava e acabava por sair à mesma hora. Isso causa um mal estar nos clientes, nas agências”, frisou o executivo.

É por algum motivo que o Aeroporto de Lisboa está entre os piores em termos de pontualidade, apontou ainda Nuno Mateus (clique para ler: Pontualidade de companhias aéreas e aeroportos portugueses está entre as piores do mundo).

Para os próximos anos as perspectivas não são animadoras, alerta Fernando Bandrés, da Soltrópico: “não há boas notícias, vamos ter que conviver até o aeroporto apresentar uma alternativa que seja viável e que consiga receber mais tráfego do que actualmente”.

“Neste momento estamos num ponto da nossa actividade, não só no outgoing como também no incoming, em que vamos ter que lidar com um Aeroporto de Lisboa saturado”, frisou o executivo.

“Até haver uma alternativa vai ser uma condicionante da nossa actividade, nossa como operadores e vossa como retalho”, acrescentou, salientando que a situação causa transtorno não só em operações charter como em voos regulares.

A ANA Aeroportos propôs aos operadores turísticos portugueses colocar operações charter no Aeroporto de Beja, mas as ligações terrestres são consideradas inviáveis pelas empresas.

A solução do Montijo está prevista para 2021 (clique para ler: Lisboa e Montijo vão poder receber 50 milhões de passageiros… lá para 2021). Fonte: PressTur

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