Empresários do setor de chocolate de vários estados brasileiros reuniram-se nesta terça-feira (dia 31), no Salon du Chocolat, em Paris, para tratar do fomento deste segmento no Brasil. A Bahia foi representada pelo subsecretário do Turismo, Benedito Braga. Além de temas como parcerias entre estados, empresários e federações de indústria para o desenvolvimento de tecnologia e trabalhos de comercialização dos produtos, foram discutidas iniciativas que visam fortalecer o turismo na região cacaueira da Bahia, em especial a criação do Museu do Chocolate.
“A criação de um museu é importante para que se possa resgatar e registrar a história do cacau na Bahia e seu papel na economia”, disse Benedito Braga. Segundo o subsecretário, por meio do museu o público poderá conhecer as fazendas produtoras, as formas de colheita, os equipamentos utilizados desde os tempos áureos da indústria cacaueira até a situação atual, mostrando as técnicas utilizadas desde a obtenção das amêndoas até a produção do chocolate.
A sugestão do subsecretário é que o museu seja instalado na Rota do Chocolate. O projeto do museu foi bem recebido pelos empresários e empolgou também os chocolatiers franceses. “Tivemos um encontro com o famoso chocolatier Christopher Puyodebat, que tem duas fábricas com lojas e museu, e ele se mostrou muito interessado em promover o museu do chocolate na Bahia”, disse a gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Patrícia Orrico, também presente no encontro.
Ficou acertada com a Secretaria do Turismo da Bahia (Setur) uma visita do chocolatier ao estado para que seja construída uma estratégia que viabilize a instalação do museu e também de um roteiro turístico. “Ele quer levar parte do acervo que tem na França e também transferir o know how e a tecnologia”, disse Orrico. “Já conhece a Bahia e se mostrou muito interessado”.
Os produtores, segundo ela, também mostraram interesse pelo projeto. Vencedor do prêmio de melhor amêndoa no Salon Du Chocolat de Paris, em 2010 e 2011, o produtor baiano João Tavares, dono da fazenda Leolinda, em Uruçuca, está otimista com o avanço das negociações para o fortalecimento da indústria cacaueira no sul da Bahia e seu efeito positivo no segmento do turismo. “Nós já temos praias maravilhosas, um litoral lindíssimo, além das matas, reservas e fazendas de cacau, e isto associado à criação de um museu do chocolate só vai potencializar o turismo na região”, afirmou.