Por: Yuri Abreu
Um dos destinos mais procurados pelos turistas por conta de suas belezas naturais, cultura e gastronomia, Salvador sempre vive, por conta do verão, uma grande expectativa, principalmente por conta da ocupação hoteleira. Mas, se depender do otimismo do segmento e do trade turístico, a capital baiana deve ter mais motivos para comemorar neste sentido.
Os bons números ao longo do ano já vinham dando o aviso. Só de janeiro a outubro, a ocupação hoteleira aqui na cidade foi 9,5% superior ao mesmo período do ano passado, de acordo com Paulo Gaudenzi, presidente do Salvador Destination, escritório de negócios criado para fomentar o turismo de eventos e congressos na capital. Para a estação mais aguardada do ano, o índice é ainda maior: 12% em relação à última temporada. O número de leitos, na capital, atualmente é de 40 mil.
“Nossa expectativa é a maior possível. Estivemos em eventos de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Montevidéu, para divulgar o destino Bahia, e voltei otimista de que teremos uma ocupação excelente, principalmente como um número maior de voos oriundos de fora do país”, pontuou Glicério Lemos, presidente da Associação Brasileira da Indústria dos Hotéis – Bahia (ABIH Bahia).
Além da arrumação da cidade pela gestão municipal, com o fortalecimento de eventos como o Carnaval e o Réveillon, além dos pontos turísticos, cerca de 2.200 agentes foram capacitados – através de uma parceria entre a Associação e a Prefeitura – como forma de divulgar o destino Salvador para o Brasil e o mundo.
“A procura já está 20% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Só no último trimestre, a ocupação foi superior em 5,1% em relação ao mesmo período de 2016. Nossa expectativa é a de que os hotéis da orla, claro, sejam ocupados primeiro. Mas, sem dúvida todos os estabelecimentos da cidade terão bons números. Tudo isso é reflexo desse trabalho que estamos fazendo em conjunto”, disse Lemos, que também espera que o aumento no movimento possa gerar mais empregos para o segmento, a exemplo de camareiras, garçons, recepcionistas, entre outros.
Para Paulo Gaudenzi, as pessoas voltaram a ficar encantadas com a capital baiana. “Elas estão vendo como a cidade mudou, principalmente por conta desse trabalho cooperado não apenas aqui, mas lá fora também, aumentando a capacidade de venda da cidade”, comentou. Opinião semelhante tem Luiz Augusto Leão, vice-presidente do Conselho Baiano de Turismo (CBTur).
“A sensação é de reencontro com o público final e o setor hoteleiro já vem pontuando essa melhora. A casa tem sido arrumada. Mas, o mais importante é que os poderes públicos promovam os destinos e os turistas, quando chegarem aqui, vejam boas instalações e bons serviços, para que possamos manter essa retomada”, analisou.