Porto cria taxa para amenizar efeitos do Turismo em massa

Por Renato Machado

O incremento econômico que o Turismo é capaz de gerar em um destino é evidenciado dia após dia em debates e estudos da indústria. O outro lado da moeda, no entanto, não é de todo positivo. O fluxo exacerbado de visitantes é capaz de afetar uma cidade o suficiente para mudar sua dinâmica cotidiana – em casos extremos, sendo motivo até para a criação de movimentos da chamada Turismofobia.

Destino em alta principalmente dentro do mercado europeu, o Porto, segunda maior cidade de Portugal, vem investindo forte em seu potencial turístico. Lideradas pela figura do presidente da câmara da cidade, Rui Moreira, as ações pró-Turismo tem surtido efeito e a indústria de viagens cresce exponencialmente na cidade que é hoje uma das apostas para o futuro do Turismo europeu.

Para se blindar dos impactos negativos que a vinda em massa de turistas pode causar no tradicional e pacato dia a dia portuense, Moreira e a câmara que preside aprovaram uma taxa padrão para pernoites em alojamentos turísticos da cidade.

A cobrança, que entra em vigor em 1º de março, custará dois euros por noite e será aplicada para hóspedes maiores de 13 anos e por um período máximo de sete noites. A justificativa, segundo os legisladores locais, é a necessidade de “assegurar fontes de financiamento” para compensar o “desgaste inerente à pegada turística” e poder manter o Porto como “destino de referência sustentável”.

Medidas como esta não são raras e na própria capital portuguesa taxa similar já é cobrada desde 2014. O destino para onde vai o montante arrecadado em Lisboa é, entretanto, diferente ao do Porto, que além de ser o dobro do cobrado na capital, visa compensar a “pegada” deixada pelos turistas. Na maior cidade de Portugal, a taxa, em tese, retorna à sociedade em benefício do Turismo. Fonte: Panrotas.

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