Por Janize Colaço
O Réveillon foi o primeiro evento oficial do calendário Rio de Janeiro a Janeiro. E, superando as expectativas de seus organizadores, a virada do ano carioca obteve 11,4% a mais de público em relação ao ano passado. Ao todo, 707 mil turistas passaram pela cidade, com destaque para paulistas, mineiros e argentinos, e injetaram R$ 1,82 bilhão na economia carioca — incluindo todo o investimento para a organização, o número salta para R$ 1,94 bilhão.
O resultado, cujo levantamento foi encomendado pelo Ministério da Cultura, demonstra um impacto econômico foi além do previsto. “Esses resultados mostraram que as premissas com as quais trabalhávamos, ou seja, de que eventos como o Réveillon têm uma alta capacidade de atração de turistas — de geração de renda, de geração de emprego. E podem contribuir para o desenvolvimento da cidade e do Estado”, pontuou o ministro Sérgio Sá Leitão.
Segundo os dados obtidos, somente o Réveillon gerou 49 mil postos de trabalho, 9,3% a mais do que na edição passada, e R$ 115 milhões em tributos para o Rio. “Os resultados são muito expressivos e nos deixam otimistas em relação à continuidade do Rio de Janeiro a Janeiro”, completou Leitão.
A pesquisa ainda demonstrou a visibilidade que as atividades criativas no Brasil ganham nestes eventos, alavancando a internacionalização da cultura brasileira. Dos 707 mil turistas que passaram a virada do ano na cidade maravilhosa, 614 eram brasileiros e 93 mil, estrangeiros.
Em relação ao público brasileiro, a maioria advinha de São Paulo (41,4%), seguido de Minas Gerais (16,3%). Do Exterior, a maioria era da Argentina (33,1%), seguida da Europa (21,4%). No total, 2,4 milhões de pessoas passaram pelas areias de Copacabana durante a festa da virada do ano.
GASTOS E HOSPEDAGENS
Ainda segundo a pesquisa, os brasileiros ficaram em média cinco dias no Rio de Janeiro e gastaram, em média, cerca R$ 287,45 por dia. Os visitantes internacionais passaram um dia a mais na capital carioca e gastaram aproximadamente R$ 329 por dia. Os meios de hospedagem atingiram 98% de ocupação.
Boa parte dos turistas brasileiros se hospedaram na casa de amigos (35,4%). Outros 31,9% ficaram em hotéis, pousadas e albergues; 25,6% alugaram casas; 3,6% ficaram em navios e 3,2% em casas próprias. Entre os estrangeiros, 47,5% ficaram em hotéis, pousadas e albergues; 27,2% em casas alugadas; 11,1% na casa de amigos ou parentes; 3,2% em navios e 1% em casa própria. Fonte:Panrotas.