É grande e grave a crise que o Rio Grande do Norte atravessa. Entre as várias medidas urgentes que o Governo do Estado planeja, estão a venda de alguns ativos imobiliários, entre eles dois ícones do turismo potiguar: o Centro de Convenções de Natal, inaugurado no Congresso da Abav de 1987; e o Centro de Turismo, antiga Casa de Detenção que virou mercado de artesanato e conta, há 30 anos, com a única atração noturna típica de Natal atualmente: o Forró com Turista.
Entre outras medidas para recuperar as finanças estão a demissão de servidores com acúmulo de cargos, redução de cargos comissionados, demissão de celetistas aposentados e cumprimento de decisão judicial do STF que obriga a demitir servidores não-concursados. E mais: edição de decreto para suspender a concessão de licenças-prêmio, atualização da avaliação de imóveis do Fundo Garantidor das PPP’s do Estado para posterior avaliação e a extinção de celulares funcionais e redução de carros oficiais.
A insegurança gerada pela greve dos policiais militares e civis nos últimos 15 dias não gerou desistências nas operadoras e nem diminuiu o movimento nas agências de receptivo, porém os visitantes estão saindo menos à noite, o que afeta a rede gastronômica.
Na verdade, Natal tem um desenho geográfico sui generis. Os equipamentos turísticos estão concentrados em dois pontos: Via Costeira e Ponta Negra, que ficam no extremo da cidade. Daí, assaltos e arrastões que afetam o dia-a-dia do natalense em bairros como Tirol, Petrópolis e Lagoa Nova, para citar os mais residenciais, não costumam afetar a “praia” dos turistas.
O hotel e-suítes Vila do Mar retirou a placa que prevenia os hóspedes quanto a assalto e correnteza no mar (com ausência de salva-vidas, pois os bombeiros também aderiram á greve por falta de pagamento). A diretora do hotel, Emanuelle Barreto, informa que a placa, na verdade, estava lá há um ano, desde a rebelião dos detentos da Penitenciária de Alcaçuz, que também trouxe insegurança a Natal. Fonte: Panrotas.