Os bons resultados registrados pelo trade turístico no Réveillon de Salvador também devem se repetir na maior e mais aguardada festa popular da cidade: o Carnaval. A expectativa é de que a taxa média de ocupação hoteleira, durante os dias de folia, seja acima de 90% – o índice é 25% maior em comparação ao Carnaval de 2017. São esperados 770 mil turistas, sendo 700 mil da Bahia e de outros estados, e 70 mil estrangeiros.
“Em 2017 tivemos um incremento de quase 10% na taxa de ocupação, e no Réveillon acima de 25%. Para o Carnaval, grande parte dos hotéis começou a vender desde dezembro. Vários já estão com 100% dos leitos ocupados para três dias de folia. E isso vai aumentar. Vai dar uma média extraordinária, coisa não vista há uns 15 anos”, calcula o presidente da Salvador Destination, Paulo Gaudenzi. Ele esteve na coletiva realizada pelo prefeito ACM Neto nesta sexta-feira (12), no Wish Hotel da Bahia (antigo Sheraton), Campo Grande, quando foram anunciadas as novidades para o Carnaval 2018.
Gaudenzi credita o impacto positivo no setor hoteleiro, nos últimos anos, aos investimentos que a Prefeitura realizou para promover a capital baiana como destino turístico a gestores do trade nacional, em São Paulo, no final do ano passado. “O prefeito entendeu, desde o primeiro ano, que o momento de lançar o Carnaval no Brasil era ponto fundamental para que os reflexos surgissem no aumento da ocupação hoteleira e no número de viagens a Salvador. Isso deu a chance das agências operadoras de turismos montarem pacotes específicos para esses eventos. Tivemos um crescimento fantástico nos últimos três anos”, celebrou.
Economia – De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a movimentação econômica no Carnaval, incluindo a pré-folia, com o Fuzuê e Furdunço, é estimada em R$ 1,7 bilhão. O montante é 15% a mais do que no ano passado.
“A movimentação é medida a partir dos gastos entre os foliões locais, turistas nacionais e estrangeiros. Fazemos pesquisas identificando qual é o gasto médio desses foliões durante a festa. Há uma movimentação comercial intensa no Carnaval, seja na composição de vestuário ou do ponto de vista de alimentação, que engloba bares, restaurantes, barracas, balcões”, destaca o titular da Secult, Cláudio Tinoco.
Os turistas nacionais, cita Tinoco, chegam a desembolsar cerca de R$ 4,9 mil, enquanto que os baianos costumam gastar cerca de R$ 1,7 mil e estrangeiros R$ 3,5 mil. Os gastos dos foliões incluem passagem, hospedagem, vestimentas do carnaval, alimentação, bebidas, compras, transporte, dentre outros.
Para o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, o Carnaval vai além da curtição. “Por trás da contratação de atrações, dos trios, palcos, existe toda uma economia do Carnaval, da gastronomia, dos blocos, da infraestrutura, dos transportadores, dos produtores. Salvador vive de serviços, da economia criativa, do entretenimento, uma vez que não temos fábrica de computadores, polo petroquímico, fábricas de automóveis, de pneus”, ressaltou.