O Ministério do Turismo atualizou nesta quinta-feira (8) a categorização dos municípios que compõem o Mapa do Turismo Brasileiro. Esse instrumento é importante para acompanhar o desempenho da economia do turismo nos municípios e serve também como balizador de políticas do setor e direcionamento de verbas federais. A atualização do instrumento revelou um crescimento da atuação do turismo em 358 municípios. O estudo também revelou queda no desempenho de alguns municípios, seja pela redução do seu fluxo turístico ou pelo encolhimento da mão-de-obra ou infraestrutura ligada ao setor.
“Com a nova categorização, temos elementos para aprimorar a gestão do turismo, otimizar a distribuição de recursos e promover o desenvolvimento do setor. A intenção não é hierarquizar, mas sim agrupar municípios com características semelhantes para que possamos traçar parâmetros para atendimento a diferentes necessidades”, afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.
A partir de quatro variáveis de desempenho econômico – número de empregos, de estabelecimentos formais no setor de hospedagem, estimativas de fluxo de turistas domésticos e internacionais – os municípios foram divididos por letras, que vão de ‘A’ a ‘E’. De acordo com a nova classificação, 189 cidades subiram da categoria ‘E’ para ‘D’, tornando-as aptas a receber recursos federais para promoção de eventos, por exemplo. Isso porque, segundo portaria 39/2017 do MTur, somente municípios classificados entre ‘A’ e ‘D’ podem pleitear apoio a eventos geradores de fluxo turístico. Ainda seguindo essa portaria, apenas 82 cidades desceram da categoria ‘D’ para ‘E’ deixando de participar do programa de apoio a eventos.
REFORÇO DA REGIONALIZAÇÃO – Com essa atualização, é possível perceber que alguns municípios estão se estruturando em regiões e fortalecendo, naturalmente, a economia do turismo. É o caso da região das Trilhas do Rio Doce, em Minas Gerais, onde nove municípios subiram de categoria; as regiões de Corredores das Águas (PR) e do Vale do Contestado (SC), onde seis cidades de cada um dos estados tiveram suas categorias ajustadas para cima. Destaque, ainda, para o crescimento das regiões da Chapada Diamantina (BA), Encantos do Sul (SC), Turística Pantanal Mato-Grossense (MT) e Rota Norte (MS).
Para o coordenador-geral de Mapeamento e Gestão Territorial do Turismo, Leonardo Riul, a evolução nas categorias de municípios da mesma região revela o sucesso da estratégia de regionalização do turismo, adotada pelo MTur desde 2004 e fortalecida na gestão de Marx Beltrão. Inclusive coube ao ministro a decisão de atualizar o Mapa do Turismo a cada dois anos, para acompanhamento mais preciso do desenvolvimento do setor. “Com o apoio do ministro Marx, daremos periodicidade também na atualização da categorização fazendo com que os dados tenham uma frequência maior e com isso melhorando a gestão dos investimentos por parte do MTur. Percebemos com essa nova categorização que os municípios apoiaram a regionalização, tiveram um resultado melhor, trabalhando de forma conjunta, para fortalecer as regiões turísticas. Esse processo é bem-vindo não só para a gestão das áreas, mas também para os turistas, que passam a ter mais opções de lazer não só no destino escolhido, mas também no entorno”, afirmou Riul.