Por Leonardo Ramos
O Departamento de Análise Econômica do Comércio dos EUA divulgou na última semana os números dos gastos de estrangeiros em 2017 no país – com um resultado negativo para o setor de viagens. De acordo com a entidade, as despesas de visitantes internacionais caíram 3,1% no ano passado, número que confirma uma queda já prevista para o ano: entre janeiro e novembro o país perdeu US$ 4,6 bilhões em consumo de Turismo e 40 mil postos de trabalho, ambos em comparação ao mesmo período de 2016.
Segundo reportagem do site US Travel, de 2015 a 2017 os gastos dos visitantes internacionais nos Estados Unidos (quesito entrada de dinheiro por exportação) diminuíram 5,8%, enquanto as demais exportações dos EUA aumentaram 3,5%. Este seria um forte contraste com o período 2010-2015, quando as despesas de turistas estrangeiros nos EUA subiram 48%, mais que o dobro do aumento de 21% em outras exportações de bens e serviços.
O superávit geral de Turismo, que leva em conta todas as importações e exportações de viagens (como tarifas de passageiros, despesas educacionais e médicas e gastos com trabalhadores de fronteiras) foi de US$ 70 bilhões em 2017, ante US$ 84 bilhões em 2016; foi, inclusive, o menor superávit comercial do segmento dos últimos sete anos – em 2010, ficou nos US$ 57,9 bilhões.
Os números reacendem o debate quanto as interferências das novas políticas migratórias e de viagens dos EUA no Turismo do país. Donald Trump e suas medidas para aumentar a segurança nos Estados Unidos, tanto em fronteiras aéreas quanto terrestres, poderiam enfim estar impactando negativamente o setor de viagens internacionais – embora algumas entidades (como US Travel Association e a Brand USA) defendam que a queda de gastos tem mais a ver com a força do dólar em todo o mundo do que com a queda de visitantes.
*Fonte: Panrotas
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