E, a cada retorno à cidade, quando você pensa que já a conhece, acaba com uma nova lista incumprível de lugares para visitar, comer, beber, subir, assistir.
Veja bem, não é uma reclamação, é uma constatação. O mundo gira e, bem no centro dele, Nova York rotaciona em velocidade máxima.
Nas bordas do Central Park
Ao mesmo tempo que a gentrificação pede que se explore outros boroughs, como são chamadas as cinco “partes” de Nova York, o lugar que se recusa a ficar parado no tempo continua sendo Manhattan, mais especificamente da Rua 59th, bem na bordinha sul do Central Park, para baixo. Ali é só piscar que você já perdeu alguma coisa.
Mas comecemos um pouco mais para cima. É impossível que você consiga ver em uma só vida toda a coleção do espantoso Metropolitan Museum of Art(MET). Por essas, é interessante aderir às novas empresas de tours artísticos que aparecem na cidade.
A Walk of Art, por exemplo, oferece passeios guiados com uma expert. O tour denominado Impressionist Painting ensina sobre Monet, Degas, Van Gogh e Cézanne. Uma hora e meia para entender, de fato, o que você está vendo.
Escorregando ao Columbus Circle, na quina do parque, está um dos mais novos food halls, aqueles mercadões com tipos mil de comidinhas, uma mania atual nova-iorquina. Eles são bastante convenientes para nós, turistas, economizarmos tempo e dinheiro.
O TurnStyle abriu no subterrâneo da estação de metrô do Columbus Circle, num longo corredor com 30 restaurantes: pare para um saquinho de minidonuts no The Doughnuttery ou uma salteña (tipo uma empanada) no Bolivian Llama Party. Perfeito para, se for um turista zen, comprar um lanchinho e levar ao gramado do Central Park ou, mais provável, comer rapidinho porque ainda tem muita coisa para ver.
Compras na Quinta Avenida
Continuemos até a Quinta Avenida – a gente veio pra comprar também, como não? Na esquina da 46th, a perdição é a flagship da Adidas, que abriu, no fim de 2016, a maior loja da marca no mundo: tem mais de 4 mil metros quadrados. Nova York com as amigas: A Copastur Prime te dá o guia completo para você se divertir como nunca Patrocinado
Com visual meio industrial, meio tecnológico, tem telões com jogos ao vivo e quadrinhas em que você pode testar produtos chutando bolas ou correndo em pistas. E todos os produtos que você possa querer, inclusive a coleção da Stella McCartney para a marca.
O brilho da Times Square
A muvuca das redondezas indica que a Times Square está logo ali. O show mais desejado do momento na Broadway é Anastacia, lançado em abril de 2017.
O musical mistura as adaptações da história feitas na animação de 1997 e no filme de Ingrid Bergman de 1956, mostrando a jornada da sobrevivente do massacre da família Romanov na Revolução Russa. O figurino é suntuoso e as lindas músicas devem ficar na sua cabeça durante algum tempo.
Bem ali, no miolinho dos teatros, foi inaugurado em 2017 um museu simpático chamado Gulliver’s Gate, que custou 40 milhões de dólares e quatro anos de trabalho.
Numa alusão à ilha encontrada por Gulliver onde as pessoas são minúsculas, mais de 600 artistas de todo o globo foram convidados a criar miniaturas de locais emblemáticos, como a Cidade Proibida de Pequim, o Arco do Triunfo de Paris e a nossa Baía de Guanabara.
Além da riqueza de detalhes, há miniaturas engraçadinhas, como um Homem-Aranha escalando a Ponte do Brooklyn ou uma moça fazendo topless nas escadas de incêndio de um prédio.
A Times Square tem ainda duas novidades de peso. O National Geographic Encounter: Ocean Odyssey, aberto em outubro de 2017, é um espaço de 5 500 metros quadrados para uma viagem digital ao fundo do mar, com projeções, hologramas e animações de bichões aquáticos.
Já o NFL Experience Times Square, parceria da liga de futebol americano com o Cirque du Soleil, é um museu esportivo tecnológico, onde é possível, entre outras coisas, assistir a jogos num cinema em 4D.
Programas em NoMad
Agora deixemos o enxame de turistas de Midtown para adentrar uma microrregião (Nova York adora nomear microrregiões) chamada NoMad. Ali está uma das inaugurações hoteleiras mais bacanas de 2017: o Life, aberto num prédio Beaux-Arts do fim do século 19 que já abrigou a redação da icônica revista Life.
O hotel-butique é decorado com mais de 200 obras de artistas contemporâneos nova-iorquinos e conta com o restaurante do chef Michael Vignola, de outras casas de sucesso, e um bar underground no lugar onde o staff da redação bebia na época da Lei Seca nos EUA.
Em NoMad também está o nosso velho conhecido Eataly, que, mesmo depois de abrir uma filial em São Paulo, continua sucesso entre a brasileirada, por ótimas razões.
E o burburinho gastronômico mais quente de Manhattan está a duas quadras dali, perto do Gramercy Park. Vide o Sugarfish, com preços relativamente baixos; o novo abcV, restaurante vegetariano do super-chef Jean-Georges Vongerichten, que serve vinhos e destilados orgânicos; e o Nur, com culinária do Oriente Médio, onde o prato da casa é o beef tartare, com iogurte de ovelha e alcachofras. Nova York é eclética assim.
O High Line
Percorra alguns quarteirões para oeste e suba as escadas do High Line, o famoso ex-“minhocão” que virou um parque descoladex suspenso. É programaço para o ano inteiro.
Até março de 2018, está em cartaz a Mutations, com uma dúzia de instalações que exploram a relação do homem com a natureza, entre elas a escultura muito doida do artista Jon Rafman, que mostra um homem engolindo uma baleia engolindo um porco engolindo um lagarto engolindo um cachorro.
Também tem festas, palestras e outras atividades, é só ficar de olho no calendário. Toda hora tem um restaurante da vez por ali.
Do outro lado de Manhattan
Pulemos então para o lado oposto da ilha, na Bowery, onde está instalado o International Center of Photography Museum, aberto num prédio todo envidraçado em 2016.
Até maio, as exposições em curso são Edmund Clarke: The Day the Music Died, que explora as medidas tomadas na chamada Guerra ao Terror e seus efeitos, como retratado no trabalho do fotógrafo britânico e Then They Came For Me, que examina o período em que japoneses e americanos descendentes de japoneses foram presos nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, através das lentes de gente como Dorothea Lange e Ansel Adams.
Eu já mencionei a obsessão de Nova York por food halls, né? Pois nossa próxima parada é o Canal Street Market, em Chinatown. Num galpão espaçoso e bonito, com piso de madeira e pé-direito alto, ele oferece principalmente estações de comida asiática: no Nom Wah Kuai, se come dumpling; no Ippudo Kuro-Obi, ramen dos bons; no Oppa, churrasco coreano. Tudo em porções módicas a preços amigos.
Se você já subiu no observatório no topo do novo World Trade Center e visitou o museu às vítimas do atentado, saiba que, nesse complexo no sul de Manhattan, abriu também um shopping, o Westfield.
Ele está dentro da Oculus, a estação de trem mais cara de Nova York, projetada por Santiago Calatrava, e que rivaliza com a Grand Central Station pelo título de mais fotogênica também. Porque sempre tem espaço para mais uma Victoria Secret’s e mais um Eataly na cidade.
Quando ir: Já sabe, é aquele friozão no inverno e aquele calorão no verão. Prefira as estações intermediárias.
Dinheiro: O dólar Língua: O inglês Comunicação: A empresa EasySim4u vende chips pré-pagos da T-mobile com atendimento em português e entrega em casa no Brasil. O plano de dados que dura 10 dias com 4G ilimitado custa US$ 50. Fuso: – 1h (no verão dos EUA) Documentos: Brasileiros precisam de visto. Como circular: O transporte público e os táxis funcionam que é uma beleza, e os apps Uber e Lyft também. |
*Fonte: Viagem e Turismo