Por Victor Fernandes
Segurança, tranquilidade, paisagem, oferta gastronômica, viagens sensoriais com destaque para o mundo dos vinhos, e, principalmente, a hospitalidade são os diferenciais do Vale do Douro, segundo o secretário-geral da associação de empresários da região (Aetur), Alberto Tapada. O destino português experimenta uma crescente e tem o Brasil como foco prioritário e um dos cinco maiores emissores de turistas.
“Primeiro, existe uma ligação afetiva e uma personalidade portuguesa muito forte na região que atrai os brasileiros. E, quanto às experiências, temos a região vinícola responsável pelo vinho do Porto, temos os aspectos sensoriais, a poderosa gastronomia, rios navegáveis e um conjunto de tradições portuguesas que se escondem atrás daquelas montanhas”, afirmou Tapada, remetendo as características do destino apreciadas pelos brasileiros.
Em entrevista ao Portal Panrotas, o secretário-geral afirmou que o Brasil já foi o terceiro principal mercado para o Vale do Douro e hoje é o quinto. Mas Tapada explica que não é devido a uma redução de brasileiros, mas sim por causa de uma grande crescente de mercados como a França e Alemanha, que se beneficiam com a proximidade. Os outros dois mercados entre os cinco primeiros são Espanha e Reino Unido, configurando o Brasil como o principal emissor não europeu para o Vale do Douro.
Perguntado sobre como combater ou contornar a preferência dos brasileiros por capitais europeias, Tapada afirmou não ser necessário, já que os destinos podem se complementar. “Percebemos que há uma atração grande do brasileiro pela Europa. Então, o que propomos é que quem visite Paris, Roma ou Londres; entre por Portugal e visite o Vale do Douro também. Não há nenhuma incompatibilidade. E nos beneficiamos pela oferta mais barata e pelo serviço de qualidade, que enriquecem nossa oferta”. Aliás, uma das vias de acesso é por Madri, mas a principal ainda é por Porto.
A trajetória do Vale do Douro tem sido de crescimento constante, e algo que ilustra esse sucesso da região portuguesa é que, em 2017, a refião alcançou aquilo que estava previsto para 2020, superando todas as expectativas da Aetur, segundo Tapada. “Portugal é o grande destino europeu de segurança, por isso estamos em alta”, afirmou o empresário.
Segundo Tapada, é possível sair de casa e deixar a chave na porta que não haverá problemas. O secretário-geral usou uma história lusitana para exaltar a hospitalidade e segurança do país: “Portugal era o finis terra (extremo) da Europa. Todos os povos que migraram tiveram Portugal como última parada, criando um fenômeno de acolhimento. Estamos destinados a receber. Criamos um espírito de abertura e acolhimento para quem chega ao país”.