Segundo a entidade, o número de passageiros na América Latina e no Caribe estará na casa dos 638 milhões e o setor representará US$ 380 bilhões do PIB da região. Os números são quase o dobro do verificado em 2015: 298 milhões de passageiros e US$ 176 bilhões.
“Estamos preparados?”, perguntou. Para ele, um dos principais empecilhos para a aviação no País é a regulamentação excessiva do setor. “Há uma necessidade grande de regular a indústria da aviação em um aspecto fundamental, que é a segurança. Mas regulação em questões comerciais não fazem sentido. Companhias aéreas devem ter maleabilidade para formatar produtos e oferecer para diferentes tipos de clientes”, afirmou Marcelo Pedroso, diretor de Relações Brasil da Iata.
Outros desafios para a aviação no Brasil apontados pelo especialista são taxas excessivas, políticas de proteção desnecessárias e uma infraestrutura aeroportuária ainda inadequada. Além disso, Pedroso defendeu a necessidade de os governos entenderem a indústria da aviação como motor para o desenvolvimento econômico.
COMPLEXIDADE
Pedroso explicou também a complexidade da aviação. Segundo o executivo, o lucro por passageiro das companhias aéreas na América Latina foi de US$ 2,4 por passageiro em 2016. Na América do Norte, esse número sobe para US$ 18. “ As margens são muito apertadas e vocês imaginam como são influenciadas pelo impacto de custos que estão fora do controle da indústria”, afirma. “É uma indústria que tem uma complexidade de atuação muito grande e nível de risco muito elevados porque trabalha com margem pequena de lucro”.
A Iata, então, tem trabalhado no sentido de viabilizar políticas regulatórias mais inteligentes e defende mais flexibilidade e liberdade de atuação no setor aéreo. Em breve, a entidade deve lançar um site com mais informação e pretende aumentar a sua penetração em redes sociais. Fonte: Panrotas.