Por Regina Diniz
Muito mais do que banhos de cachoeiras, caminhadas, cavalgadas e boa comida, o Vale do Matutu, é uma pausa para uma Viagem Zen, um contato com a gente mesmo. Ao chegar no pé do morro do Papagaio, deixa-se a bagagem urbana e entram os aromas e ares da vida rural do Vale do Matutu, a 18 quilômetros – por estrada de terra, da cidade mineira de Aiuruoca, Minas Gerais.
Naquele sopé, deixamos as roupas da cidade e os sapatos do asfalto. Vestimos as túnicas folgadas de nós mesmos e como que com pés de cristal caminhamos em contato com aquele solo básico, aquela terra gentil que acolhe e resgata a nossa essência. Horas de descanso e bem-estar, alegria de criança ao ver pela primeira vez o mar ou empinar pipa com o pai ou comer o pudim da avó.
Abracadabra
Ali, naquele pedacinho de meu Deus, a gente esquece das sacolas da lida e se embrenha nas caminhadas e banhos de cachoeiras, se joga nos caminhos floridos, nas escaladas do Pico do Papagaio ou nas cavalgadas pela região, de um lado e de outro do Vale do Matutu. É como se estivésses em um tapete voador, aquele das Arábias, em contato com a lâmpada mágica (limpando, limpando e fazendo os pedidos), abrindo aquela fenda de pedra e dizendo as palavras mágicas – Abracadabra… e a paz entrou.
Os encantos das pousadas, das cozinhas abençoadas de Minas, pra veganos, vegetarianos e pros não praticantes, há opções salgadas e doces a perder de vista no horizonte, na terra dos papagaios (Aiuruoca). Há amanheceres coloridos em toda a estação, entardeceres também, águas refrescantes, Spa-Zen, lojinha de lembranças no centro do Vale e montanhas sem fim para serem exploradas pelo viajante, amante da Natureza e de uma boa prosa.
Santuário espiritual
Há também um templo pequeno, santuário espiritual, nos arredores, que encanta pelos cantos gregorianos de tradição Cristã entoados por um dos donos de pousada e, muitas vezes, por músicos, que ali se hospedam. Cenário e palco de meditação singular, pura inspiração e sintonia com o divino. O silêncio apaziguador (que apazigua a dor) paira naquele santuário construído em frente a uma paineira, de mais de 300 anos de idade e altura de um prédio de 20 andares.
Acolhimento e paz são a tônica do Matutu. Lá respira-se o prazer de estar na estrada, no caminho, de boa! Fonte: Diário do Turismo