Confira a seguir a receita desses líderes para que as nações aproveitem a indústria de Viagens e Turismo como motor de desenvolvimento, inclusão e geração de empregos.
A ex-presidente da Costa Rica disse que, mais importante que ter uma pasta dedicada ao segmento, é fundamental que alguém de Viagens e Turismo tenha assento no gabinete de decisões. E que haja um órgão para o setor, independente e com agilidade para tomar decisões, investir e fechar acordos.
Para Calderón, o Turismo deve estar relacionado ao bem estar e precisa ser visto como algo importante e chave para o desenvolvimento e não como uma coisa desigual. “Turismo gera empregos e os políticos querem criar empregos. Mas não apenas os políticos precisam ver isso, também as pessoas precisam ser conscientizadas”, disse ele. Calderón lembrou a polêmica medida tomada pelo México, de abrir as fronteiras para quem tinha visto americano. “Fomos criticados, mas deu muito certo. Depois do 11 de setembro, eles passaram a ser mais rigorosos com seus vistos, então não teríamos que ser mais americanos que os próprios americanos. Como resultado vimos nossos números duplicar, de todos os países, incluindo na América Latina”.
O executivo da Argentina destacou que é importante focar também no turismo interno. “Não é só receber estrangeiros, mas também dar acesso para que os habitantes conheçam seus próprios países. Turismo também é para a classe média”, analisou Peña.
O nacionalismo e o populismo, claro, foram citados no debate e todos concordaram que o Turismo é uma arma contra medidas de países que querem se fechar, pois se as comunidades têm a percepção de que os turistas estão gerando empregos, divisas, desenvolvimentos, elas não vão apoiar regimes com medidas contra o livre fluxo de turistas. Para Peña, o discurso do medo é muito mais político e a Argentina foi elogiada por todos por sua estratégia de se abrir para os turistas de todo o mundo e pelo trabalho de integração do país.
O ex-primeiro ministro espanhol criticou o Brexit, considerando um erro para a Europa e para o Turismo, que precisa de economias saudáveis, de estabilidade e de fronteiras amigáveis, sem abrir mão da segurança. Também citou o exemplo da Espanha, que começou do zero sua política de Turismo, mas começou de forma integrada com outras pastas.
Felipe Calderón finalizou sugerindo que a América Latina crie um ambiente único de livre circulação de turistas e que diversifique mais sua oferta turística. E destacou que o discurso do presidente Donald Trump, mesmo que ainda não tenha tomado medidas práticas, já impactou o fluxo de mexicanos para os Estados Unidos, com uma queda de mais de um milhão de visitantes. Fonte: Panrotas