Localização
Com localização privilegiada e o fácil acesso – a 2 horas de carro de Montevideo e a 1 hora de barco de Buenos Aires, a cidade recebe milhares de turistas por ano. Alguns turistas, os mais apressados, costumam conhecê-la num bate e volta. Mas, o ideal, claro, é visitá-la sem pressa, deixar-se seduzir por suas ruas antigas, de pedra, arborizadas e floridas, observar seus casarões e as ruínas cheias de histórias.
Quando ir
Em qualquer estação do ano, Colonia del Sacramento recebe o turista. É bem verdade que, no inverno, tudo fica mais complicado. O ideal é fugir do inverno e da alta estação. Escolher o outono ou a primavera, quando a cidade não está abarrotada de gente e dá para apreciar tudo com calma.
O que há para ver
Ao passar pelo Portón de Campo, construído em 1745, temos a impressão de que voltamos no tempo. Os muros que protegiam a cidade ainda estão lá. E a Plaza Mayor, com toda a sua exuberância, também.
Hoje, a praça reúne ao seu redor, restaurantes, hotéis e museus que retratam o passado da cidade, como o Marítimo, Português e o Museu dos Azulejos.
O Farol
Mais adiante passamos pelo farol, de 1857, localizado em meio às ruínas do Convento San Francisco. Lá de cima, é possível ter uma bela panorâmica do Rio da Prata e do centro histórico da cidade.
Calle de los Suspiros
Trata-se de uma das ruas mais antigas de Colonia del Sacramento. Além de ser tipicamente portuguesa, com calçamento original e de pedras, as muitas lendas sobre a rua aguçam a curiosidade do turista e a tornam especial.
Uma delas é que os suspiros em questão eram dos escravos, que chegavam à cidade de navio e entravam por essa rua, para serem comercializados na Plaza Mayor. Outra é sobre a morte de uma jovem que esperava pelo seu amado e morreu com uma adaga cravada no peito, por um mascarado ciumento. Antes de morrer, ela deu apenas um suspiro. Outra lenda “mais amena” é que era uma rua de prostituição e os suspiros eram proveniente da labuta das moças. Qual a lenda que você prefere?
Outras ruas, não tão famosas ou conhecidas como a Calle de los Suspiros, são tão bonitas quanto. Caminhar pelas ruas de Colonia Del Sacramento é um programa que contempla a arquitetura, a natureza e a história. A cada esquina, uma surpresa. A cada passo, uma imagem que enche os olhos e massageia o coração.
Basílica do Santíssimo Sacramento
A Basília do Santíssimo Sacramento, de 1680, é uma das mais antigas do Uruguai. Não é a mais antiga porque foi reconstruída duas vezes em função dos conflitos, da ganância pelo poder. Ainda assim, sua arquitetura é original, simples e rústica, com referências dos estilos português e espanhol misturados.
A beleza da igreja matriz não está explícita. A sua simplicidade é o que nos conecta com o divino.
Em Colonia, somos todos vítimas do Mal de Stendhal – ou síndrome de Firenze. Para quem não sabe, o poeta, quando visitou a Basílica de Santa Croce, na cidade italiana, e viu o afrescos de Giotto, no teto, chegou a passar mal, de tanta beleza que viu: sentiu tremores, palpitações, suou frio, ficou em êxtase, como ele mesmo descreveu.
Antes de Stendhal, muitos outros visitantes sentiram esses mesmos sintomas e nas mesmas circunstâncias – em visita a Firenze e a percepção da beleza da cidade italiana. Mas, só em 1979, a síndrome foi descrita e nomeada por uma psiquiatra italiana. Resumindo: o Mal de Stendhal existe sim. É real. E ela pode acometer os visitantes de Colonia del Sacramento, sem dúvida!
A beleza e a história da cidade são devidamente consideradas pelos seus governantes. A prova disso é a preservação da cidade. Ruas limpas, arborizadas e floridas, museus e restaurantes em funcionamento, esperando os turistas. O cuidado com a cidade é visível.
Para terminar o passeio por Colonia del Sacramento, a sugestão é o Paseo de San Gabriel, a rua margeada pelo Rio da Prata, para ver o por do sol, no fim da tarde. Mas, se você já passou pela rua, no início do passeio, não tem problema. Você pode terminar a visita em qualquer lugar da cidade. Em qualquer rua ou praça, o apelo é grande e a lembrança será para sempre!