A capital baiana está próxima de se tornar a primeira cidade do Brasil a contar com um certificado internacional de acreditação de carbono em aeroportos. O projeto é parte de uma série de ações de sustentabilidade que o Aeroporto Salvador Bahia, membro do grupo VINCI Airports, já começou a colocar em prática.
Até o final de 2018, o aeroporto deve receber o primeiro nível da certificação ACA – Airport Carbon Accreditation, um programa mundial para gerenciamento de carbono estabelecido pela Airport Council International (ACI), que avalia e reconhece, em quatro etapas, os esforços de redução de gases de efeito estufa gerados pelos aeroportos.
De acordo com o CEO do Aeroporto Salvador Bahia, Júlio Ribas, a VINCI Airports segue uma política de sustentabilidade que garante um olhar além dos resultados econômicos e financeiros.
“Acreditamos que é nosso dever investir na construção e modernização de uma infraestrutura que contribua para o desenvolvimento sustentável de Salvador. Assim, nos comprometemos a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 30% até 2020, desenvolver soluções para proteger a biodiversidade e incentivar a adoção de uma abordagem ambientalmente responsável entre nossos colaboradores, parceiros e clientes”. Esses objetivos fazem parte da política global AirPact, um compromisso da VINCI Airports em combater o aquecimento global, que se aplica a todos os aeroportos administrados pela companhia no mundo.
O mapeamento de carbono do aeroporto de Salvador teve início assim que a VINCI Airports assumiu a gestão das operações do terminal, em janeiro de 2018. O estudo conta com o envolvimento de 72 subconcessionárias e 8 companhias aéreas, para identificação de todas as emissões diretas e indiretas de gases do efeito estufa, consumo de eletricidade e calor ou vapor gerados no pelo aeroporto. A coleta de dados servirá como base para um relatório de emissões anuais de carbono referentes ao aeroporto.
“Nos orgulha incluir a Bahia entre os 237 aeroportos do mundo que operam com o selo ACA. A VINCI Airports é o primeiro grupo aeroportuário internacional a aderir ao programa, com 33 aeroportos já certificados na França, Portugal, Camboja, Japão, Chile e República Dominicana. Estamos trabalhando para conquistar o selo ainda em 2018 e incluir o aeroporto de Salvador neste time de sucesso.”, afirma Júlio Ribas.
As próximas etapas do processo de acreditação do carbono incluem a redução dos gases emitidos pelo aeroporto de Salvador, o engajamento de terceiros na proposta de sustentabilidade e, por fim, a neutralização e compensação de todo o carbono gerado no terminal. Todas as etapas deverão ser concluídas até 2020.
Além do selo ACA, o projeto do novo terminal de passageiros do Aeroporto Salvador também inclui outras ações efetivas de sustentabilidade, como a instalação de uma nova Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), com capacidade para eliminar até 98% dos poluentes presentes na água e garantir 100% de reuso em vasos sanitários, torres de resfriamento, limpeza e irrigação, sistema de painéis fotovoltaicos (energia solar), coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos, iluminação LED e de janelas com películas para a manutenção do conforto térmico, valorização da iluminação natural, sistema de refrigeração de baixo consumo energético (20% menos que o atual) e luminárias com uso de sensores de presença.
Expansão e renovação
A primeira fase das obras do Aeroporto Salvador Bahia, que teve início no dia 19 de abril de 2018, permitirá que os passageiros e companhias aéreas vejam mudanças positivas em um prazo relativamente curto. Os trabalhos envolvem obras de expansão e adequação da infraestrutura na área das aeronaves, além da expansão e modernização do terminal existente (+20.000 m2).
As obras permitirão um melhor fluxo pelo terminal e novas experiências para todos os passageiros, incluindo uma área comercial que dará destaque à identidade de Salvador, modernização de banheiros e fraldários, melhorias na sinalização do aeroporto, novos sistemas de ar condicionado e ventilação, elevadores e escadas rolantes adicionais e instalação de wi-fi de alta velocidade. Durante o período de pico, as obras empregarão cerca de 800 trabalhadores. O investimento total desta primeira fase será de cerca de R$ 600 milhões, com previsão de entrega em outubro de 2019.