Junho é o mês da fogueira, canjica e forró. Mas, além das comidas típicas e do arrasta-pé, o período tem a tradição de celebrar três dos mais populares santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro. O Museu da Misericórdia, da Santa Casa da Bahia, participa do calendário de homenagens com a exposição “Antônio, João e Pedro – três faces da fé”.
Até 22 de julho, os visitantes poderão fazer um passeio pela história, vida e iconografia dos santos juninos, revisitando as tradições, os cultos e as representações que os envolvem. A exposição conta com nove esculturas, sendo quatro alusivas a São Pedro, duas a São João e três a Santo Antônio. As peças, datadas do século XVIII ao XXI, foram confeccionadas com diferentes tipos de material, como gesso, madeira e metal.
As esculturas são do acervo do próprio Museu da Misericórdia, da Loja Brasil Açu, do Museu Abelardo Rodrigues – DIMUS/IPAC e também de coleções particulares. Destaque para o Santo Antônio de madeira, do século XVIII, uma imagem esculpida em pau oco. Esse tipo de imagem era utilizada em Minas Gerais para transportar ouro em pó e, assim, driblar os impostos da Coroa Portuguesa sobre o garimpo nos séculos XVII e XVIII. O Museu da Misericórdia funciona de terça a sexta-feira das 8h30 às 17h30, aos sábados, das 9h às 17h, e aos domingos e feriados, das 12h às 17h. O ingresso custa R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia).
História dos santos
Santo Antônio, o casamenteiro: batizado com o nome de Fernando de Bulhões, trocou o nome para Antônio em 1220 e ingressou na Ordem Franciscana. Sua maior fama é como santo casamenteiro, mas também é conhecido como protetor dos pobres, idosos, grávidas, pescadores, barqueiros, viajantes e agricultores.
São João Batista, protetor dos doentes: de acordo com a Bíblia, foi ele quem batizou Jesus. É o mais famoso dos três santos de junho, tanto que as festas juninas são conhecidas como festas joaninas ou festas de São João. É protetor dos casados e enfermos, protegendo contra males como dor de cabeça e de garganta.
São Pedro, soberano da chuva: nascido com o nome de Simão, recebeu de Jesus o nome de Cefas (que significa pedra, em aramaico), devido à sua capacidade de liderança. É considerado o primeiro papa da Igreja, e, de acordo com a tradição católica, foi nomeado chaveiro do céu. Costumam ser atribuídos a ele o poder de fazer chover e mudar o clima.
Serviço
O que: exposição Antônio, João e Pedro – três faces da fé
Onde: Museu da Misericórdia, na Rua da Misericórdia, número 6. Praça da Sé.
Quando: até 22 de julho
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira das 8h30 até as 17h30, aos sábados, das 9h às 17h, e aos domingos e feriados, das 12h às17h.
Valor: R$ 6,00 (inteira) / R$ 3,00 (meia)
Sobre o Museu da Misericórdia
Instalado no prédio que abrigou o primeiro hospital da Bahia e a sede administrativa da Santa Casa da Bahia, em prédio erguido no século XVII e tombado pelo IPHAN em 1938, o Museu da Misericórdia é um dos mais importantes espaços culturais do estado e possui em seu acervo obras que contam parte da história da Bahia e do Brasil. Pertencente à Santa Casa da Bahia, o museu também tem em seu espaço a Igreja da Misericórdia, um dos mais significativos monumentos religiosos de Salvador, considerada uma grande representante dos estilos barroco, neoclássico e rococó. O Museu da Misericórdia tem o apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.