Por Leonardo Ramos
Lar de algumas das rotas de voos de pequena distância mais movimentadas da Europa, principalmente devido aos terrenos montanhosos que dificultam o transporte terrestre, a Noruega e sua indústria de aviação se preparam para investir em um novo tipo de aeronave, utilizada ainda apenas esporadicamente no setor aéreo global: os aviões movidos à eletricidade.
São duas companhias do país apostando nesses modelos. Uma delas é a Avinor, aérea estatal que deu um grande passo em direção a um futuro de aeronaves movidas à eletricidade: a empresa realizou domingo (17) um voo inaugural de um avião elétrico de dois lugares, que decolou do aeroporto de Oslo com o ministro do Transporte do país, Ketil Solvik-Olsen, e o CEO da estatal, Dag Falk-Petersen, para um voo ao redor do terminal norueguês.
O avião utilizado era um avião Alpha Electro G2, construído pela eslovena Pipistrel e que pode voar por até uma hora e percorrer cerca de 130 quilômetros.
“As aeronaves elétricas estão preparadas para melhorar significativamente as conseqüências ambientais da indústria da aviação. Também poderia se tornar mais barato voar, já que os custos operacionais de vários modelos de aeronaves serão consideravelmente reduzidos, o que terá um impacto sobre os preços das passagens”, explicou o CEO da Avinor, Dag Falk-Petersen.
A previsão do governo norueguês é de estrear voos comerciais em modelos elétricos até 2025. Mais para frente, o plano é ainda mais audacioso: operar todos os voos domésticos na Noruega em aviões movidos à eletricidade até 2040. Fabricantes de aviões como a Boeing e a Airbus estariam desenvolvendo esses modelos com preços mais baixos, o que tornaria viável a meta do governo, de acordo com o ministro de Transportes do país.
A outra companhia que investe nesse segmento é a Wideroe, companhia local que opera pequenos aviões em voos de curta distância. Para a empresa, não restam grandes barreiras tecnológicas pela frente para atingir tal objetivo, e seu plano é lançar sua primeira aeronave comercial impulsionada por alguma forma de energia elétrica dentro dos próximos dez anos.
“Hoje, voamos com a menor aeronave nas rotas mais curtas, com base em uma tecnologia antiga que foi desenvolvida na década de 1970”, comentou o CEO da aérea, Stein Nilsen, para a Bloomberg. “Tem havido muito desenvolvimento no setor de aviação, mas não nas aeronaves menores”, finalizou.
*Fonte: Panrotas
conteúdo original: https://bloom.bg/2lcQqe9