Em Natal (foto) não é preciso que o meteorologista nos diga se vai chover, não é necessário consultar a previsão do tempo do Iphone na véspera: na capital do Estado do Rio Grande do Norte, na parte do vasto litoral brasileiro mais próxima da Europa e da África, sempre faz sol, o céu está esplendorosamente azul e as praias sempre são uma pura delícia natural. Seus primeiros habitantes foram os índios Potiguara (o nome significa comedor de camarões em guarani), mas pela cidade passaram portugueses e holandeses há centenas de anos, e mais tarde soldados norte-americanos de licença depois da Segunda Guerra Mundial. Hoje é invadida por turistas vindos de todos os cantos do mundo e do Brasil.
Nessa cidade de habitantes simpáticos e pouco apressados você aprenderá a dançar forró, a cativante música de todo o Nordeste brasileiro. Mas aconselhamos a não ir para a cama muito tarde, porque o verdadeiro espetáculo de Natal se esconde em plena luz do dia, em suas paisagens únicas que você vai se lembrar por toda a vida: na praia de Ponta Negra o turista pode alugar um jipe e se perder nas intermináveis e belíssimas dunas que delimitam todo o território. Nas praias de Pitangui e Jacumã também pode praticar um dos esportes locais: o “esquibunda” (esqui de bunda, literalmente), que consiste em se lançar sobre um boogie (uma pequena prancha de surfe) a partir de uma duna do tamanho de uma casa de dois andares e descer deslizando pela areia até chegar ao mar.
A 60 quilômetros de Natal você encontrará as piscinas naturais de Maracajaú, ideais para mergulho, ou se encantar com suas águas verde-esmeralda. Mas se você quer apenas para passear e se perder na pura beleza de um pôr do sol inconcebível enquanto decide onde pretende jantar uma deliciosa moqueca de peixe, por exemplo, volte à praia de Ponta Negra e, simplesmente, caminhe.
A dança dos golfinhos
Não convém deixar o Estado do Rio Grande do Norte sem visitar a localidade de Pipa. Não só pelos impressionantes penhascos alaranjados, rosados e amarelados. Mas também por suas praias. Vá à praia do Centro e olhe para a maré. Quando está baixa –se você tiver sorte–, poderá ver de perto golfinhos dançando. Há outra praia próxima, a do Amor, que deve seu nome à caprichosa forma de coração que suas arenas desenham. Nessa praia há uma biblioteca de madeira, alimentada por centenas de livros que turistas de mil diferentes países deixaram ali. Embora não seja necessário ler nada para perceber que quando o sol se põe –todos os dias– se vai dormir em um canto do paraíso. *Fonte: El País