Turismo em destinos conservados pelo tempo

Por Geraldo Gurgel

 

Vilas e povoados adornados de coqueiros, no alto da serra ou no meio da mata nativa entraram no mapa dos destinos do turismo brasileiro e, mesmo com população reduzida e a sensação de que o tempo parou, oferecem serviços com qualidade e simplicidade para receber bem os visitantes em busca de tranquilidade. Os vizinhos são chamados pelos nomes. A vendinha continua familiar, a comida caseira e a receptividade aos visitantes são as principais características desses locais que oferecem turismo de base comunitária. A Praia do Bonete, em Ilhabela (SP) é reconhecida como um desses lugares paradisíacos não muito longe da maior metrópole brasileira.

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Cidade de Goiás (GO). Crédito: Pablo Regiono

 

Na “esquina do continente”, onde o Oceano Atlântico faz a curva, São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, é destino de brasileiros e estrangeiros que buscam sossego e praticantes de esportes movidos pelo vento como kitesurf e windsurf. O vento sopra forte e faz casadinha com o sol o ano inteiro. O colorido das velas deslizando na água e no ar compõe com os barcos de pescadores ancorados na enseada. O turismo na vila, que fica 100 km ao norte da capital potiguar, contrasta com a badalação de Natal. O cenário continua rústico e aconchegante na orla pontilhada de quiosques, pousadas e restaurantes entre as dunas e o mar.

Icaraí de Amontada (CE), a 220 km de Fortaleza, é outra pérola entre as praias nordestinas. A Vila de Caetanos é um dos principais locais para a prática de Kitesurf e Windsurf no Ceará. A pacata aldeia de pescadores com suas embarcações, além dos ventos fortes e águas cristalinas, é adornada pelos coqueiros e dunas. Itaúnas (ES), segue o mesmo ritmo da costa do Nordeste. O povoado de pescadores tem casas simples e uma praia de areia fina e dourada. A água do mar é cristalina. As pousadas são aconchegantes e a comida caseira faz o turista se sentir em casa. A tranquilidade do local é um convite para quem busca um destino sossegado e familiar.

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Paraty (RJ). Crédito: Rogério Cassimiro

Cidades históricas como Tiradentes (MG), Goiás (GO), Natividade (TO) e Paraty (RJ) movimentam o turismo. Alguns distritos desses destinos são ainda mais pacatos e atrativos como a Vila de Trindade, em Paraty, e a Vila do Abraão, na Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ). O ar bucólico torna-se mais encantador pela preservação da Mata Atlântica e a sensação de tranquilidade. O turista é atraído pelo aconchego dos hostels, pousadas, campings, lojas de artesanato e restaurantes. O clima tropical é um convite permanente para mergulhar na praia e relaxar na areia.

A Chapada dos Veadeiros (GO), a 250 km de Brasília, tem São Jorge como principal atrativo. O destino de natureza e aventura foi um acampamento de garimpeiros. O povoado já tem facilidades como luz elétrica, internet e asfalto. Já as ruas continuam de terra. As sandálias de dedo ditam moda entre os turistas. A comida com ingredientes do Cerrado, como baru, guariroba e pequi domina o cardápio. São Jorge fica na entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que preserva boa parte do Cerrado e algumas das cachoeiras mais visitadas da região como os Saltos do Rio Preto. De 20 a 28 de julho, o vilarejo vai sediar o XVIII Encontro de Culturas Tradicionais, reunindo raizeiros, parteiras, benzedeiras, quilombolas e indígenas. *Fonte: Agência de Notícias do Turismo

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