Por Sara Navas
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As ruas de Longyearbyen abrigam pubs, igrejas, escolas, hotéis, restaurantes, um hospital, concessionárias de carros e até a redação de um jornal. No entanto, não há nem rastro de cemitérios desde 1950. O motivo? Ninguém morre nesta cidade. Então, seus habitantes são imortais? Não, mas em Longyearbyen não é bom ser velho e morrer é diretamente proibido. Este veto remonta a princípios do século XX, quando cientistas descobriram que em Longyearbyen os cadáveres se conservavam em perfeito estado por causa da enorme camada de gelo que cobria e envolvia os caixões.Esta singular característica terminou se tornando um problema. “Surgiu uma febre que levou muitas pessoas a se instalarem nas ilhas para morrer com a esperança de serem descongeladas e ressuscitadas algum dia, no momento em que a ciência desse com a tecla da imortalidade”, explica ao EL PAÍS o escritor Javier Reverte, que visitou a zona para seu recente livro, ‘Confins’ (Plaza&Janes). Para evitar a tentação, a localidade se transformou em território hostil para aqueles que estão em seus últimos anos de vida (a maior parte dos 2.000 habitantes se situa entre os 25 e os 44 anos). Não há residências para idosos nem unidades de cuidados paliativos. Não se permite a construção de rampas, de modo que os mais velhos e inválidos não possam se instalar ali. As pessoas que estão muito idosas ou doentes têm de ser transferidas para a península para ali serem tratadas ou morrer”, afirma o escritor. E se alguém morre de improviso? “Seu cadáver é exportado em avião para fora das ilhas”, diz Reverte.
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No caso de apocalipse, não faltaria nunca comida: aqui está a ‘Arca de Noé vegetal’ “Em Longyearbyen a catástrofe é constantemente prevista”, afirma Javier Reverte. Por isso, para salvaguardar a biodiversidade foi construída em 2008 uma câmara blindada à prova de bombas nucleares e terremotos, o Banco Global de Sementes, que abria cem milhões de sementes de plantas alimentícias.Essas sementes são mantidas a 120 metros de profundidade com uma temperatura estável de -18ºC, condições que garantem sua conservação durante vários séculos. Diante de um cataclismo natural, uma guerra ou um apocalipse, o bando de Svalbard –conhecido popularmente como “o viveiro do fim do mundo” ou “A Arca de Noé vegetal”– daria uma nova oportunidade ao mundo de se reconstruir. “Ali você adquire a consciência de que as mudanças climáticas são algo real que está acontecendo e destruindo o planeta. Medidas como a armazenagem dessas sementes são a prova de que pode ocorrer uma catástrofe a qualquer momento”, afirma Reverte. GETTY
As autoridades te dão uma casa quase de presente “O governo cede terrenos a quem pedir para que possa construir uma casa. Tem interesse em que a cidade esteja habitada, por isso, optar por uma residência em Longyearbyen é tão simples”, afirma o escritor Javier Reverte.Mais de 2.000 habitantes estão registrados pelo censo na capital de Svalbard, arquipélago cujo nome provém de uma palavra viking que pode ser traduzida como “costa fria”. Apesar de não ser complicado nem caro conseguir uma casa, morar em Longyearbyen não é possível para todos os públicos. Sobretudo para aqueles que gostam de temperaturas cálidas e agitação. Nesta cidade, o dia polar, com temperaturas que não superam os 16º, começa em 20 de abril e termina em 22 de agosto. A noite polar começa em 28 de outubro e acaba em 14 de fevereiro: durante esses meses as temperaturas são de -50ºC e o sol não chega a aparecer. “Trata-se de uma cidade construída para a sobrevivência em condições climatológicas extremas. Nada ali é belo ou transcendente, mas simplesmente útil”, explica Reverte.GETTY
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