Os hábitos de consumos de viagens dos norte-americanos tornam tendência. Não é segredo que essa indústria impacta o comportamento dos consumidores em outros mercados globais, como o Brasil.
A Phocuswright recém-lançou um estudo no qual se debruça sobre os principais produtos que integram a rotina de viagem de quem mora nos Estados Unidos. Ao todo, 3996 norte-americanos foram consultados no primeiro semestre deste ano e o resultado demonstra uma maior autonomia dessas pessoas.
Essa liberdade do viajante se traduz na escolha de produtos que fogem do tradicional. A empresa especialista em pesquisa avaliou que menos pessoas se hospedaram em hotéis em 2017. Entre janeiro e dezembro, 68% fizeram check-in em alguma propriedade hoteleira – a porcentagem era de 73% em 2016.
Por outro lado, a procura por plataformas alternativas, como Airbnb e Home Away, se tornou mais evidente. A pesquisa revela que os millennials (entre 18 e 34 anos) lideram essa preferência, as gerações mais experientes têm aderido a esse modal com mais força, sobretudo nos grupos de 45 a 54 anos e mais de 65.
TRADICIONAL PERDE FORÇA
Outras quedas foram sentidas em segmentos importantes da indústria de Viagens e Turismo. A venda de bilhetes aéreos representou 57% no último ano – em 2016, o índice de 62%. Os cruzeiros também perderam força, passando de 10% a 7%. Já os roteiros empacotados mantiveram os 33%.
Em outras palavras, os norte-americanos têm preferido fazer viagens dentro de seu próprio país. Com isso, têm optado por utilizar seus próprios carros – as locadoras de automóveis têm alta capilaridade no setor corporativo – e tem se deslocado em períodos mais curtos. Entre suas motivações estão descanso, viver em família e buscar experiências diferentes.
Tal comportamento é analisado justamente pela instabilidade político-econômica, algo vivenciado pelo brasileiro desde a crise instaurada por volta de 2015. Fonte: Panrotas.