Ryanair prevê transportar 400 mil passageiros apesar da greve de pilotos na Europa

A low cost Ryanair, segunda maior companhia de aviação em Portugal, garantiu que vai transportar neste dia 10, mais de 400 mil passageiros em mais de dois mil voos, apesar de enfrentar uma greve dos pilotos na Irlanda, Suécia, Alemanha e Bélgica.

Em mensagem no Twitter, a companhia, que classifica a greve de “lamentável e injustificada”, diz que na sua ‘onda’ de partidas da manhã cancelou efectuou “todos os 370 voos previstos”, com “muitas famílias a viajarem de férias — graças aos esforços da maioria dos nossos pilotos que estão a trabalhar normalmente”.

A informação da low cost acrescenta que tomou todas as medidas para minimizar o impacto da greve nos passageiros, que notificando-os o mais cedo possível das opções de alteração de data e rota, bem como reembolso, e afirma que não perdeu a maioria dos clientes de voos afectados pois foram transportados em outros voos da companhia.

Os sindicatos de pilotos promotores da paralisação, afirmam, por sua vez que a greve vai afectar 67 mil passageiros apesar de a Ryanair referir que esse total ronda os 55 mil, não tendo disponibilizado dados específicos para cada país.

A greve é apoiada pela Associação Sueca de Pilotos (SPF), pelos pilotos inscritos na Federação Sindical Belga (CN), pelo sindicato alemão Vereinigung Cockpit (VC), pelo sindicato holandês VNV-Dutch e pela Associação de Pilotos Irlandeses (Ialpa) que já organizou quatro paralisações na Irlanda desde o dia 12 de julho.

A Ryanair confirmou esta semana que cancelou 104 voos com destino e partida da Bélgica, 22 na Suécia e 20 na Irlanda e contactou quase 25 mil clientes afectados para a devolução do dinheiro despendido em bilhetes e indicar rotas alternativas.

O sindicato alemão VC decidiu na quarta-feira unir-se à mobilização dos trabalhadores irlandeses, suecos e belgas, provocando a suspensão de 250 voos com destino ou origem na Alemanha.

Os pilotos holandeses também já tinham aderido ao protesto na quinta-feira.

Entretanto os pilotos da Ryanair concentram-se hoje no aeroporto de Charleroi, Sul de Bruxelas, para denunciarem a atitude da direcção da companhia por ter recusado instaurar o diálogo social, alegando que as petições “são legítimas”.

“Nós não pedidos aumentos salariais, pedimos a aplicação da legislação nacional em cada país onde a Ryanair opera. É um pedido legítimo”, disse um dos pilotos presente na concentração belga.

Os pilotos que se encontram baseados na Bélgica reclamam o direito à antiguidade e acesso ao subsídio de desemprego no país, caso venham a necessitar.

As paralisações em curso são o primeiro protesto conjunto de pilotos que pedem negociações desde o princípio do ano sobre salários e condições laborais.

Fonte: PressTUR com Agência Lusa

Foto: Divulgação

 

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