A tarifa média do bilhete aéreo das companhias aéreas domésticas no 2º trimestre do ano teve redução de 3,9% (em relação ao mesmo período de 2017), chegando a R$ 321,78, de acordo com dados divulgados pela Anac. Este é o quarto ano seguido em que o indicador do período apresenta redução no preço médio.
No acumulado do 1° semestre de 2018, o preço médio da tarifa aérea ficou em R$ 342,94, registrando um aumento da ordem de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a tarifa média fechou em R$ 337,84.
De janeiro a junho deste ano, 8% das passagens aéreas foram comercializadas com tarifas aéreas abaixo de R$ 100 e 55,7% abaixo de R$ 300. As passagens acima de R$ 1.500 representaram 0,6% do total.
Câmbio em alta
A taxa de câmbio do real frente ao dólar no 2º trimestre de 2018 teve alta de 12,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A moeda americana tem forte influência nos custos com combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves, que, em conjunto, representaram cerca de 48% dos custos e despesas dos serviços aéreos no trimestre.
Querosene
O querosene de aviação, que representou cerca de 29% dos custos e despesas operacionais dos serviços de transporte aéreo, teve aumento de 34,1% no período. A greve dos caminhoneiros, realizada em maio, afetou também o setor aéreo, além da economia em geral, com impactos observáveis nos índices de preços e no PIB.
Demanda e oferta
A demanda por transporte aéreo doméstico, medida em passageiros quilômetros pagos transportados (RPK), apresentou alta de 5,1% no 2º trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.
A oferta doméstica, medida em assentos quilômetros ofertados (ASK), cresceu 6,3% no trimestre frente ao mesmo período de 2017. A taxa de aproveitamento dos assentos das aeronaves em voos domésticos teve oscilação negativa de 1,2% no trimestre, ficando em 78,4%.