Uma gastrenterite aguda afetou cerca de 300 passageiros de um cruzeiro que tinha partido no dia 22 de setembro de Palma de Maiorca, de acordo com o jornal espanhol El Mundo.
Num regresso antecipado à cidade das ilhas Baleares, em Espanha, a 29 de setembro, a empresa de cruzeiros Aida optou por desembarcar todos os passageiros, sem distinguir entre aqueles que estavam bons e os que estavam doentes, e transportá-los de autocarro para uma quinta nos arredores de Palma. Mas houve passageiros que se recusaram a esta quarentena forçada e optaram por apanhar o primeiro voo disponível.
O norovírus que alastrou entre os passageiros do navio terá começado de repente, durante uma das excursões organizadas num dos pontos de paragem do cruzeiro, não identificado, segundo relata o texto do correspondente do El Mundo em Berlim, citando o jornal alemão Bild. Muitos turistas tiveram vômitos e os autocarros foram obrigados a parar.
No regresso à embarcação, os médicos de bordo eram claramente poucos para tantos passageiros doentes e a empresa alemã fez seguir mais pessoal médico de avião de Berlim para Palma. O hospital flutuante também não tinha capacidade para atender a tanta gente.
De acordo com o relato do referido turista, a assistência médica foi desastrosa, com os passageiros a terem de esperar três horas em filas para dar os seus dados pessoais e informar os responsáveis da sua condição clínica. De regresso aos camarotes, tiveram de aguardar ainda mais cinco horas até receberem a visita de médicos, que despacharam os doentes em minutos e com supositórios – no caso, o melhor mesmo é a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
Com o barco atracado em Palma de Maiorca, a empresa teve de improvisar uma solução para acomodar os passageiros, até à hora da partida dos seus voos, uma vez que necessitava de desinfetar e limpar a embarcação para a viagem seguinte. E a resposta foi a acomodação numa quinta nos arredores de Palma.
O cruzeiro que prometia rasgar as águas do Mediterrâneo e aportar em Ajaccio, na Córsega, na capital italiana, Roma, com uma escapada a Florença, e Barcelona, em Espanha, antes do regresso a Palma, acabou por se tornar num pesadelo para os passageiros. Umas férias para esquecer. Fonte: Diário de Notícias.