Turismo é tema de encontro de países de língua portuguesa na China

O secretariado permanente do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, incluindo Macau (comunidade autônoma do país asiático), está reunido na ex-colônia portuguesa para discutir a cooperação em turismo, convenções e exposições entre o país asiático e a comunidade lusófona, formada por oito países. O encontro acontece na Universidade da Cidade de Macau.

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Colóquio de gestão de turismo, em Macau, na China. Foto: Divulgação

“A região autônoma de Macau tem sido importante interlocutora da China com os países de língua portuguesa. A indústria do turismo, conferências e exposições pode contribuir para o desenvolvimento das relações e ampliação dos negócios entre a China e os países que falam o idioma português”, destacou Rafael Luisi, chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do Ministério do Turismo.

Um dos temas discutidos no evento foi a integração de Macau como importante centro de turismo e lazer no sistema turístico da China continental. Daí a vantagem da ilha, ex-colônia portuguesa, para a promoção da cooperação do turismo entre a China e países que também foram colônias de Portugal, como o Brasil, que já é um dos principais parceiros comerciais dos chineses com negócios, inclusive, no turismo.

Além das discussões sobre turismo, acontece, nesta semana, no Centro de Convenções e Exposições Venetian, em Macau, a 23.ª Feira Internacional de Macau e Exposição de Produtos e de Serviços dos Países de Língua Portuguesa. A cidade sedia ainda o WTTC, Asia Leaders Forum e o Fórum de Economia de Turismo Global, ambos com a participação do representante do Ministério do Turismo. Rafael Luisi fará uma apresentação sobre os planos, políticas e a gestão do turismo do Brasil.

Macau

Foto: Divulgação

O Centro Histórico de Macau é Patrimônio Mundial da UNESCO. A cidade recebe mais de 30 milhões de turistas por ano e tem nos cassinos integrados com meios de hospedagem e a realização de eventos a principal atividade econômica. A região autônoma é de apenas 30,5 km². Em 12 anos o número de hotéis passou de 39 para 78, dos quais 40 cassinos integrados a resorts. Já os quartos aumentaram de 10 mil para 40 mil, sobretudo em hotéis de 5 estrelas.

Macau tem relação jurídica e financeira diferente da China continental. O turismo de lazer focado nos jogos e serviços agregados, como restaurantes, e o comércio de alto luxo movimentam a cidade. “Os cassinos pagam em imposto 40% por mês e parte da receita bruta vai para a infraestrutura do turismo e segurança social. No período de 7 a 8 meses Macau recebe dos cassinos tudo o que gasta no ano”, ressaltou o representante do Ministério do Turismo. O Brasil também tem proposta de abertura de cassinos integrados com resorts, por meio de projeto em tramitação no Congresso Nacional.

 

*Fonte: Agência de Notícias do Turismo

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