Por Jefferson Severino
A partir deste mês de novembro, os Escritórios Brasileiros de Turismo da Embratur não irão mais funcionar no exterior. Esses escritórios eram os principais responsáveis por ações promocionais e apoio em mercados como Estados Unidos, Argentina e outros países na Ásia e na Europa. Segundo EMBRATUR, evidentemente, na figura de sua presidente, Teté Bezerra, o fechamento desses 13 escritórios não representam nenhuma baixa, ao contrário, um ganho de R$ 12 milhões que serão realocados anualmente e poderemos atuar com ações que até então não fazíamos com tanta frequência, como famtur de operadores estrangeiros no País, medidas que realmente trazem resultados. Quer dizer que em todos esses anos os escritórios não passavam de cabides de empregos?
Portanto, os assuntos pertinentes ao Turismo do Brasil no Exterior agora serão feitos pelos servidores da Embratur, que ficam baseados em Brasília, além das embaixadas do País lá fora. “Os diplomatas têm a vantagem de poder responder oficialmente pelo País, coisa que os EBTs não podiam, pois não eram servidores públicos, ” afirma a presidente da Embratur. O novo portal da Embratur oferece material de apoio para agentes de comércio do Turismo, que vão desde imagens para vídeos e experiências e guias detalhados. Os produtos de Inteligência da Embratur estão disponíveis no http://trade.visitbrasil.com. Além disso, a Embratur disponibiliza um canal direto como trade nacional pelo e-mail: trade@embratur.gov.br.
Em conversa com Jair Bolsonaro, que foi eleito o 38º presidente do Brasil, no mês de julho, o trade, representado por cerca de 20 entidades, enviou propostas aos candidatos à Presidência da República. Entre as prioridades estavam: melhorar a infraestrutura pública; fortalecer a imagem do Brasil no Exterior; melhorar as condições para investimentos nacionais e estrangeiros, entre outros. Em encontro na última semana com o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, e a presidente do Rio CVB, Sonia Chami, prometeu ampliar o número de países com visto eletrônico. A medida foi colocada em prática este ano para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão. Demais pleitos apontados no bate-papo mostram interesse em mais companhias aéreas internacionais voando ao Brasil.
O que preocupa de fato o trade é a extinção do Ministério do Turismo, que deverá ser incorporado a uma outra pasta ou à Casa Civil. Uma das promessas de Jair Bolsonaro é diminuir o tamanho da máquina pública e aumentar sua eficiência. O MTur deverá passar por um processo de fusão, somando-se a Cultura e Esporte, criando, assim, o Ministério da Indústria e do Entretenimento.
O coordenador da campanha de Bolsonaro, o empresário do Rio, Paulo Marinho, tem uma proximidade grande com nomes do Turismo no Rio de Janeiro, como Alexandre Sampaio, da FBHA e CNC, e também tem o Turismo como um dos focos da recuperação do País, tendo a segurança como um dos principais itens, além da desburocratização de processos, a questão do visto eletrônico e a promoção do Brasil no Exterior. Sampaio disse que o presidente eleito leu o documento preparado pelas entidades e que está sensível para a causa do Turismo.
Fonte: Turismo Online