Por Geraldo Gurgel
O Brasil é um anfitrião reconhecido mundialmente: aqui, hospitalidade é sinônimo de bem receber. Para 98% dos estrangeiros que visitam o país, o serviço está aprovado. No Dia do Hoteleiro, comemorado na sexta-feira (9), o elogio foi endereçado a pelo menos 1,3 milhão de pessoas que trabalham nos 31,3 mil estabelecimentos de hospedagem no país, de acordo com dados do Ministério do Turismo e da Associação Brasileira da Indústria de Hoteis (ABIH). A data marca a realização, em 1936, do I Congresso Nacional de Hoteleiros, no Rio de Janeiro. A ABIH reúne atualmente mais de 3.200 meios de hospedagens associados.
Hotelaria gera 1,3 milhão de empregos diretos no Brasil, envolvendo profissionais de atividades diversas de hospitalidade, lazer, recreação e gastronomia, entre outros. Foto: Beto Garavello/Embratur
A principal característica da atividade, segundo o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, é a grande capacidade de geração de emprego e renda, o que torna o segmento um dos grandes indutores de desenvolvimento da economia turística. “Sabemos que a rede de acomodação brasileira comporta hoje cerca de 2,4 milhões de pessoas simultaneamente, o que dá uma ideia do tamanho e da importância da hotelaria para o nosso Turismo”, destacou.
Os serviços de hospedagem estão entre os de registro obrigatório no Cadastur, o cadastro nacional de prestadores de serviços turísticos, criado e mantido pelo Ministério do Turismo. Mais de 11 mil meios de hospedagem possuem cadastro regular, hoje, no País. A formalização da atividade é uma das credenciais que atesta a legalidade do empreendimento para o turista que faz uma reserva de acomodação.
Estabelecimentos hoteleiros regularizados têm acesso a recursos do Prodetur+Turismo, amplo programa de crédito do MTur que contempla também empreendimentos privados. Hoje, da carteira de 14 projetos privados em análise pelo programa, 5 são de hotéis, totalizando R$ 150 milhões. Um deles, em Foz do Iguaçu (PR), contempla um resort integrado ao projeto de um aquário.
A parceria do segmento com o governo federal é fundamental para alavancar a atividade no país, de acordo com o presidente da ABIH, Manoel Cardoso Linhares. “Empreendedores e profissionais que, entre altos e baixos, ajudaram a superar crises e adversidades recentes da economia, estão de parabéns. Com o apoio de políticas públicas, o segmento manteve sua força”, celebra. Ele destacou também que além dos 1,3 milhão de trabalhadores da atividade, mais de 675 mil postos de trabalho indiretos são gerados pela hotelaria nacional.
De olho nesse contingente de empregos deste mercado, o Ministério do Turismo tem dado especial atenção à qualificação profissional da categoria. A principal ação é, hoje, os cursos online dos programas Brasil Braços Abertos (inscreva-se aqui) e Canal Gestor de Turismo (inscreva-se aqui), voltados para trabalhadores e gestores de turismo interessados em ingressar ou se aprimorar nesta área.
Os meios de hospedagem estão entre os principais equipamentos turísticos de um destino. Em algumas localidades, hotéis são considerados os próprios atrativos turísticos – é o caso de resorts que oferecem pensão completa, conforto, luxo, serviços de lazer e opções de consumo que seguram o visitante no local. Segundo pesquisa realizada pelo MTur, em 2016 a oferta de hospedagem era 71% maior, nas 27 capitais brasileiras, em comparação com 2011. São mais de 639 mil leitos somente nessas cidades. Em número de estabelecimentos, a oferta dos meios de hospedagem cresceu 15% no período (2011-2016). Fonte: Agência de Notícias do Turismo.