Por Lívia Nascimento
A parceria do Ministério do Turismo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) continua rendendo boas notícias para o ecoturismo no Brasil. A mais recente foi a assinatura de um acordo de cooperação com o Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Estado do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMA), para implementar a trilha de longo curso denominada Caminho das Araucárias. A assinatura ocorreu durante a 30ª Feira Internacional de Turismo (Festuris), em Gramado (RS), encerrada no domingo (11).
O caminho terá início no Parque Estadual do Caracol e passará pela Floresta Nacional de Canela, Parque Natural Municipal da Ronda, Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Estação Ecológica de Aratinga, APA Rota do Sol, Parque Estadual do Tainhas, Parque Nacional de Aparados da Serra e da Serra Geral, na divisa dos estados do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, terminando no Parque Nacional de São Joaquim (SC).
“A intenção é conectar as unidades de conservação por trilhas que possam ser percorridas a pé, de bicicleta ou a cavalo em um período de 20 dias, de modo que uma unidade induza o visitante a conhecer o parque seguinte”, afirmou Pedro da Cunha e Menezes, coordenador-geral de Uso Público e Negócios do ICMBio.
PROJETOS DE CONCESSÃO
Na manhã de sábado, a Secretaria Nacional de Estruturação do Turismo do MTur, em mais uma parceria com o ICMBio, apresentou os projetos de concessões dos parques e realizou uma visita técnica à Floresta Nacional de Canela. Foram apresentadasas propostas desenvolvidas para os parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, São Joaquim e florestas nacionais de Canela e São Francisco. Entre esses, o primeiro a ser licitado deverá ser a Floresta Nacional de Canela que compreenderá os seguintes serviços: controle de acesso, venda de ingressos, estacionamento, serviço e alimentação (restaurante) e hospedagem.
“A intenção desta iniciativa é ofertar melhores serviços e estrutura para receber os visitantes e assim acelerar a economia das localidades onde as unidades estão inseridas. Temos um longo caminho a percorrer, uma vez que, enquanto os Estados Unidos recebem 330 milhões de visitantes, nós ainda estamos na marca de 10,7 milhões. Mas acreditamos que com essas ações o turismo nos parques registrará um grande salto nos próximos anos”, afirmou Beatriz Kobayashi Dourado, coordenadora-geral de Atração de Investimentos do MTur.
ECONOMIA
Em 2017, os 10,7 milhões de visitantes que estiveram nos parques nacionais brasileiros gastaram cerca de R$ 2 milhões nos municípios de acesso a essas unidades de conservação natural. A contribuição total dos gastos para a economia nacional foi de cerca de 80 mil empregos, R$ 2,2 bilhões em renda e R$ 3,1 bilhões de valor agregado ao PIB. Fonte: Agência de Notícias do Turismo.