O Aeroporto de Lisboa, sobre o qual praticamente só se comenta que está esgotado, ao ponto de alguns dirigentes do turismo argumentarem ser essa a causa da queda de dormidas na hotelaria da capital, alcançou, no entanto, o sétimo maior aumento de passageiros entre os 237 maiores aeroportos da Europa, nos primeiros nove meses deste ano, de acordo com os dados publicados pelo Airports Council International (ACI).
A informação indica que maiores aumentos do que em Lisboa só ocorreram em Frankfurt, com mais 4,1 milhões (+8,4%), Moscovo Sheremetyevo, com mais 4,08 milhões (+13,5%), Istambul Ataturk, com mais 3,93 milhões (+8,2%), Madrid Barajas, com mais 3,3 milhões (+8,3%), Moscovo Vnukovo, com mais 2,6 milhões (+18,8%), e Istambul Sabiha Gokçen, com mais 2,46 milhões (+10,5%), enquanto em Lisboa o aumento foi de 2,07 milhões (+10,3%).
Este aumento, no entanto, foi em grande medida conseguido nos primeiros meses do ano, pois entretanto o crescimento abrandou, nomeadamente no terceiro trimestre, em que Lisboa teve apenas o vigésimo maior aumento de passageiros da Europa, com mais cerca de 521 mil (+6,5%), embora em Setembro até se tenha entrado para o Top5 de crescimento dos maiores aeroportos europeus.
A questão é que não foi só em Lisboa que abrandou o crescimento do movimento de passageiros, como o mostram os dados do ACI, que indicam que no conjunto dos primeiros nove meses do ano o aumento médio foi de 5,8%, mas no terceiro trimestre ficou em 5%, com 4,8% em Julho, 5,1% em Agosto e 5% em Setembro.
O director-geral do ACI Europa, Olivier Jankovec, comentou que estes dados mostram que nos meses de ‘pico’ de tráfego do verão, o crescimento manteve-se “robusto” em diminuição.
A sua análise é que isso deve-se a “questões” de capacidade aeroportuária, greves, subida do preço dos combustíveis e consolidação do setor da aviação, fatores que dizem “estão a pôr travões a mais ganhos”, diz uma declaração de Olivier Jankovec citada no comunicado da Associação sobre o tráfego em Setembro, na qual acrescenta que nos mesmo sentido concorrem as taxas sobre a aviação e o abrandamento econômico.
Olivier Jankovec avança na mesma declaração que a recente evolução das negociações sobre o Brexit e a garantia de que serão adaptadas medidas para preservar as ligações aéreas após Março de 2019 são um “alívio” e que os consumidores podem agora confiar que serão respeitadas as reservas que façam para o próximo ano.
O executivo, porém, deixa o aviso que a UE “deixou claro” que as medidas de contingência vigorarão apenas até Dezembro de 2019, pelo que fica “um grande ponto de interrogação” quanto ao que acontecerá a partir dessa data. Fonte: Presstur.
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Obrigado pelo comentário.
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Equipe PTT