Por Marcel Buono
A família 777X da Boeing está perto de levantar voo e, por isso, a fabricante passou a divulgar aos poucos o que os passageiros encontrarão dentro da aeronave. Uma das novidades do avião são suas janelas, 29% maiores do que as presentes no seu principal concorrente, o Airbus 350. Os bagageiros também terão maior capacidade de armazenamento do que outros modelos.
De acordo com a empresa norte-americana, outro fator que pesará em favor dos 777X será a economia de combustível. No caso da versão 777-8, a eficiência pode ser 4% superior à vista no A350-1000, enquanto no caso do 777-9, este valor deve chegar a 12%, garante a fabricante. Caso a teoria se comprove na prática, será o bimotor gigante mais eficiente a voar rotas longas.
Apesar de ter o A350 como seu rival declarado, os 777X ainda perdem no quesito alcance. O modelo 8, que vai mais longe que o 9, pode voar para destinos em um raio de até 16 mil quilômetros sem paradas, porém, a aeronave da Airbus pode fazer cerca de dois mil quilômetros a maior durante cada voo. Já o lançamento executivo da Boeingg promete ultrapassar os 21 mil quilômetros em viagens.
Até o momento, Lufthansa, Qatar Airways, Etihad e, principalmente, a Emirates já fizeram pedidos para a Boeing. No caso da empresa sediada em Dubai, foram 150 aeronaves pedidas, sendo a maior compra única da história da companhia aérea. A Iran Air também havia encomendado 15 777X, mas cancelou quando o presidente Donald Trump tirou os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, em 2016.
Cada 777-9 está listado pelo valor de US$ 389 milhões, mas o preço real da unidade deve girar em torno de US$ 200 milhões após a aplicação de descontos durante as negociações. O modelo, com 76 metros de comprimento e 71 metros de envergadura, poderá levar até 414 passageiros em duas classes, enquanto sua versão menor, o 777-8, carregará até 365 pessoas.
Todo esse tamanho dos novos 777X obrigaram a Boeing, inclusive, a desenvolver uma nova tecnologia para se adequar aos fingers de aeroportos mundo afora. As novas aeronaves terão a possibilidade de recolher a ponta de suas asas, diminuindo a envergadura em sete metros.
Fonte: Panrotas