A receita cambial do turismo fechou 2018 com resultado positivo, apresentando incremento de 1,86% nos gastos dos estrangeiros que visitaram o Brasil. No sentido inverso, a despesa cambial, que retrata os gastos de brasileiros no exterior, apresentou retração de 3,89% no mesmo período, diminuindo o déficit da balança comercial do turismo (diferença entre receita e despesa).
Revoada de aves no Pantanal. Foto: Beto Garavello/Embratur
De janeiro a dezembro, os turistas internacionais injetaram US$ 5,92 bilhões na economia brasileira, frente aos US$ 5,81 bilhões registrados no mesmo período de 2017. Já os brasileiros, cujos gastos no exterior apresentaram queda entre junho e dezembro de 2018 em relação aos mesmos meses do ano anterior, deixaram US$ 18,2 bilhões nos países visitados ao longo de todo o ano passado. Em 2017, foram US$ 19 bilhões.
“A política de facilitação de vistos para entrada de estrangeiros no país e o início da atuação das low costs para aumentar a conectividade entre os destinos contribuirão para reduzir esse déficit que ainda é grande e não condiz com a realidade da oferta turística do Brasil. Mas queremos mais, como a modernização da Embratur, que promove o Brasil lá fora; e também a criação de áreas especiais de interesse turístico que irá estimular o uso de áreas ainda sem uso para alavancar o setor no país”, comenta o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Os dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (29) mostram que dezembro de 2018 foi um mês com índices negativos tanto na despesa como na receita cambial do turismo. Os gastos dos estrangeiros no Brasil caíram 3,18%, fechando em US$ 485 milhões, enquanto os de brasileiros no exterior foram de US$ 1,62 bilhão, redução de 13,79%. A balança comercial do turismo fechou 2018 com déficit de US$ 12,3 bilhões, menor que a marca de US$ 13 bilhões de 2017.
Fonte: Agência de Notícias do Turismo