Com mais de 20 mil visitas desde que as portas se abriram pela primeira vez, em 5 de fevereiro de 2018, a Casa do Carnaval completa um ano encantando o público com ampliação do acervo, que já pode ser conferido. A entrada é gratuita, das 11h às 19h. A Secult alerta para a possibilidade de filas para acessar o local – o ideal é entrar até as 18h. Cada sala tem capacidade para 45 pessoas.
São quatro vídeos, sendo um deles um curta metragem sobre os “Irmãos Macêdo” e outro sobre Moraes Moreira, considerado o primeiro cantor de trio. Além disso, compõem as novidades produções que destacam a estética dos carros de trio, a história do Carnaval, a obra de Riachão, além dos depoimentos e histórias de Orlando Tapajós e análises dos pesquisadores Paulo Miguez e Milton Moura.
Os novos curta-metragens foram apresentados pela primeira vez na terça-feira, 12, em celebração pelo um ano de funcionamento da estrutura, administrada pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult). Participaram da cerimônia o titular da Secult, Cláudio Tinoco, artistas, produtores, pesquisadores e imprensa.
O secretário explicou que o equipamento está em constante inovação. “Já temos um rico acervo, mas a Casa do Carnaval será sempre um museu em construção. Estaremos sempre introduzindo novos elementos que possam oferecer inovações culturais tanto para o soteropolitano como para os turistas”, destacou Tinoco.
“Aqui está a nossa história. Vamos celebrar possibilitando a oferta desse conteúdo. O museu foi um sucesso durante o ano todo. É um espaço de vivência e conhecimento do Carnaval de Salvador. Atrai todas as gerações, idosos, jovens, estudantes e crianças”, completa o titular da Secult.
O espaço é localizado na praça Ramos de Queirós, no Centro, ao lado da Catedral Basílica, em um imóvel do ano de 1921, conhecido anteriormente como a Casa do Fronstispício – tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A Prefeitura investiu cerca de R$ 6 milhões para a implantação do museu.
Reconhecimento – O curta “Irmãos Macêdo”, com duração de 15 minutos, retrata a história dos fundadores do trio elétrico Dodô e Osmar, além de apresentar a família, através dos depoimentos de Armandinho, Aroldo, André e Betinho. O material destaca a importância desta família para o Carnaval da Bahia contemporâneo, com a eletrificação da música.
Para Armandinho, que participou do evento de apresentação do novo conteúdo, foi uma honra contribuir com o incremento do acervo. “Muito importante receber essa homenagem da Casa do Carnaval. Eu vejo ela como o reconhecimento de todo um trabalho, uma história que a gente trilhou, continuação da história do trio elétrico. A história de um instrumento, as músicas, a música “trieletrizada”, nosso marco mais importante. Viva o Carnaval!”, vibrou o músico e instrumentista.
Nos 17 minutos do curta em homenagem a “Moraes Moreira”, o artista é exaltado como o primeiro cantor a subir em um trio elétrico. Já o filme que retrata “O visual do Carnaval” tem duração de 30 minutos e traz uma roda de conversa entre os grandes responsáveis pela estética do carnaval: Juarez Paraíso, Jotta Cunha, Pedrinho da Rocha, Alberto Pitta e Ray Viana.
Tudo isso já pertence ao acervo histórico presente no ambiente, que é composto por adereços, instrumentos musicais, figurinos usados por grandes nomes da música baiana, miniaturas de personagens como o folião, o ambulante, a baiana do acarajé e os músicos que fazem a festa, vídeos sobre a folia contada pelos artistas e muitos outros atrativos. A Casa do Carnaval já recebeu o segundo lugar do Prêmio Nacional de Turismo, na categoria “Valorização do Patrimônio pelo Turismo”.