Parque Nacional das Emas: aventura e ecoturismo no coração do Brasil

Por Geraldo Gurgel

O Parque Nacional das Emas, em Goiás, repleto de vida silvestre, foi o destino de carnaval de um grupo de 30 turistas de Brasília. A viagem de 700 km por asfalto até Chapadão do Céu (GO) e mais 30 km de estrada de terra até a entrada do parque, pelo Portão do Bandeira, já no município de Costa Rica (MS), compensou a motivação dos aventureiros para curtir a natureza em um destino ainda pouco explorado do Brasil.

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Entre os animais mais avistados no parque, destacam-se veados-campeiros e até onças (pintada e parda). Foto: Pablo Regino/Banco de Imagens MTur Destinos

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A observação de aves e animais típicos do Cerrado é o principal atrativo do parque. Entre os bichos mais avistados, destacam-se macacos, tamanduás-bandeira, porcos-do-mato, lobos-guará, emas, antas, veados-campeiros e até onças (pintada e parda). São 354 km de trilhas, sendo algumas autoguiadas e outras com acesso apenas na presença de guias credenciados. Durante o passeio, os turistas podem descer do carro e andar a pé para observar os bichos de grande ou pequeno portes, os cupinzeiros gigantes espalhados por todo o parque, bem como inúmeras espécies de plantas e flores, além dos mirantes para descortinar a beleza cênica da área protegida.

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Carro safári leva turistas para o avistar espécies da fauna do cerrado. Foto: Flávio Martins/Divulgação MTur

Também é possível percorrer as trilhas de bicicleta ou no carro safári com capacidade para 20 turistas, onde os assentos são dispostos em forma de arquibancada para facilitar o avistamento de animais. O passeio, com duração de até 8 horas, também pode ser realizado à noite para observação de animais com hábitos noturnos. Alguns já estão até familiarizados com a presença de turistas e costumam visitar a área do acampamento, inclusive aves de maior porte como os mutuns. Impossível mesmo, apesar do cansaço depois de tanta aventura, é não acordar cedo com a revoada das araras anunciando a alvorada e despertando os turistas para mais um safari logo ao amanhecer.

Ainda dentro do parque é possível descer o rio Formoso de bote por cerca de 8 km. O passeio dura em média 2 horas. O trajeto pode ser feito, com ou sem flutuação, com equipamento de mergulho. O visitante vai descendo de bote e pode mergulhar em pontos específicos, seguindo a orientação do instrutor. Para o pequeno Miguel Felício, de 7 anos, que estreou em um acampamento na companhia dos pais, essa foi a melhor parte da aventura. É que durante o passeio, o bote da família cruzou com macacos e até com uma serpente. “Eu gostei de tudo, mas nunca tinha visto uma cobra tão grande de perto”, disse. Outra opção é descer o rio Formoso de boia cross, com duração aproximada de 40 minutos, em um trecho com maior intensidade de corredeiras.

“Foi uma experiência única, principalmente para o Miguel. Poder estar em contato direto com a natureza, tendo a oportunidade de ver animais em seu habitat natural e com o bônus de não ter qualquer acesso às tecnologias modernas foi incrível. Um bálsamo e merecido descanso para a alma”, destacou Cirlene Felício, servidora pública e mãe do pequeno aventureiro. “Os cheiros e as cores do Parque Nacional das Emas nos fizeram ver o quão rico é o nosso cerrado, coisas que, normalmente, costumamos ignorar. Compartilhar tudo isso, interagindo com a natureza, foi muito gratificante”, ressaltou o pai do menino, Wellington Castro, que é militar.

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O pequeno turista aventureiro Miguel com os pais, Cirlene e Wellington. Foto: Flávio Martins/Divulgação MTur

BIOLUMINESCÊNCIA – O período de maior visitação do parque ocorre entre os meses de outubro e novembro. É quando turistas do mundo inteiro acompanham o fenômeno natural da bioluminescência, quando os ovos de vaga-lume depositados nos cupinzeiros eclodem e as larvas, em busca de alimento, se iluminam ao anoitecer para atrair outros insetos. Cada cupinzeiro iluminado lembra uma árvore de Natal ou um prédio com as luzes acesas.

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Turistas fazem flutuação no parque. Foto: Flávio Martins/Divulgação MTur

“O conjunto formado por milhares de cupinzeiros brilhando deixa a unidade de conservação com um aspecto semelhante às luzes de uma grande cidade, criando um cenário mágico e de encher os olhos dos turistas”, disse o guia de turismo Nélio Carrijo, reforçando que o período é um convite para visitar o parque. Fonte: Agência de Notícias do Turismo.

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