Por Geraldo Gurgel
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, acompanhado dos secretários da Pasta e técnicos de diversas áreas do MTur e da Embratur, recebeu nesta quinta-feira (25), em Brasília, uma delegação de empresários que representam o grupo espanhol Globalia, que congrega diferentes segmentos do mercado turístico europeu. A Air Europa faz parte da divisão aérea do grupo e já atua no Brasil com voos regulares para Recife, Salvador e São Paulo. O Brasil é o terceiro destino da companhia aérea, depois da Espanha e Itália, e na frente dos Estados Unidos e Marrocos.
“Estamos abertos para recebermos novos voos e serviços turísticos diversos que aumentem a concorrência e tornem o nosso mercado mais competitivo. Precisamos baratear o custo do turismo brasileiro. Estamos destravando a economia e os gargalos do setor para recebermos mais estrangeiros e movimentarmos o turismo doméstico com plena efetivação de negócios e geração de empregos”, disse o ministro.
O presidente da Air Europa e diretor de desenvolvimento internacional da Globalia, Lisandro Manu-Marques, detalhou a diversidade de serviços oferecidos pelo grupo e disse que o Brasil é um mercado estratégico para a Globalia. Ele planeja ampliar as rotas, incluindo Fortaleza e Rio de Janeiro entre as opções de voos, partindo de Madri, com turistas de 40 destinos europeus. Apenas 30% dos passageiros são espanhóis ou desembarcam em Madri.
No Brasil, a Air Europa oferece conexões em parceria com empresas aéreas nacionais. “Também pensamos investir no mercado doméstico de aviação e viagens. Estamos acompanhando a abertura das companhias aéreas para o capital estrangeiro para fazermos parceria. Queremos transportar, receber e hospedar nossos clientes, oferecendo um pacote completo para o Brasil”, afirmou, a exemplo dos pacotes para o Caribe.
Experiência parecida com os destinos caribenhos (Cuba, México e República Dominicana) será oferecida, inicialmente, em Puerto Iguazu (Argentina). O novo destino do grupo espanhol na América do Sul inclui o Brasil e o Paraguai no roteiro da tríplice fronteira de Foz do Iguaçu, que é patrimônio natural mundial da Unesco e movimenta três milhões de turistas por ano.
Segundo o secretário Executivo do MTur, Daniel Nepomuceno, as ações já realizadas pela Pasta na atual gestão têm foco na abertura do mercado para o setor aéreo, na gestão turística dos patrimônios naturais e culturais – como cidades históricas e parques nacionais –, além de áreas de interesse turístico em parceria com a Secretaria do Patrimônio da União. Nepomuceno destacou a modernização da Lei Geral do Turismo e a proposta de transformação da Embratur em agência de promoção do turismo como “forma de desburocratizar e destravar o mercado de viagens para atrair investimentos externos e ampliar o mercado doméstico. O setor não pode mais esperar – fazer o Brasil crescer é urgente”, disse.
O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), José Ricardo Botelho, apresentou o mercado aéreo brasileiro como uma oportunidade de investimentos, destacando que o setor tem público potencial de 110 milhões de passageiros por ano. O empresário espanhol Pedro Vaquer, com forte atuação em energias renováveis no Brasil, também investe em turismo através de uma operadora alemã e demonstrou interesse no mercado brasileiros de viagens.