Por Artur Luiz Andrade
Levantamento feito pela Panrotas, com base em dados da Anac, mostra que o Brasil somou 1.166 voos internacionais semanais, contra 1.349 no mesmo período do ano passado (o mês referência para a pesquisa foi março). Em número de assentos, a perda foi de 28.968 por semana, pois em 2018 eram 297.999 e este ano 268.988.
O GRU Airport, em São Paulo continua liderando, com 759 voos semanais para o Exterior, e com share de 58,58% (mais que os 56,26% de 2018). Mas a perda do aeroporto foid e 76 voos semanais. O Rio perdeu 57 voos, Florianópolis 18, Belo Horizonte 12, Fortaleza dez e Recife oito. Brasília e Curitiba ganharam seis voos cada em relação a 2018.
A América do Norte perdeu 67 voos semanais (são 221 atualmente) e a Europa ganhou 22 (chegando a 273). Isso explica também o aumento das tarifas aéreas para os Estados Unidos, que, na média, estão mais caras que para a Europa. Especialmente quando se consultam destinos com grande fluxo corporativo. No lazer, por exemplo, Miami, as tarifas para os Estados Unidos ainda estão competitivas com as da Europa.
TARIFAS ALTAS PARA OS EUA
Um outro levantamento feito pela Panrotas em um grande consolidador mostra que a tarifa média na classe econômica está em US$ 580 para a Europa e em US$ 850 para os Estados Unidos. E na executiva, US$ 2,4 mil para a Europa e US$ 4,9 mil para os Estados Unidos. Os destinos consultados foram Londres, Lisboa, Frankfurt, Roma, Paris, Madri, Amsterdã e Zurique, na Europa, e Nova York, Miami, Los Angeles, Dallas, Chicago, Washington e Houston, nos Estados Unidos. A explicação, além do corte da oferta para Estados Unidos e aumento para a Europa, também inclui o mercado corporativo, que está mais aquecido para cidades americanas, e acaba elevando a tarifa média para lá.
Se o mesmo levantamento usar apenas voos diretos para Miami e Nova York, a econômica média cai para US$ 405, por conta do movimento maior de lazer. Enquanto para a Europa (Londres, Lisboa, Madri e Frankfurt apenas) fica em US$ 530. Na executiva, nos mesmos destinos, as europeias continuam mais baratas: US$ 2,3 mil contra US$ 2,8 mil para os Estados Unidos.
Miami, aliás, vive um bom momento em relação ao mercado brasileiro, apesar do cancelamento de voos da Avianca Brasil. Além dos preços menores, na próxima semana o destino deve anunciar que o Brasil voltou a ocupar a liderança no envio de turistas para lá, posto que havia perdido, durante a crise, para o Canadá e Reino Unido.
Em entrevista no começo do mês ao Portal Panrotas, o diretor executivo da CVC Brasil, Emerson Belan, já havia detectado um aquecimento para a Europa por causa de preços mais competitivos. Uma reação para os Estados Unidos é esperada para o segundo semestre.
Esses e outros dados farão parte do Brazilian Overview 2019/2020, que a Panrotas está preparando para distribuir no IPW 2019, que ocorre em Anaheim, no final de maio/começo de junho. A publicação também estará disponível no Portal Panrotas e será distribuída em outros eventos no Exterior. Além dos dados de voos, o Brazilian Overview traz pesquisas, estatísticas e tendências da indústria de Viagens e Turismo do Brasil.
VOOS INTERNACIONAIS BRASIL (por semana)
GRU Airport: 683 voos e 167,6 mil assentos. Share de 58,58% em voos e 62,3% em assentos.
RIOgaleão: 197 voos e 44,9 mil assentos. Share de 16,9% em voos e 16,71% em assentos.
Brasília: 47 voos e 9 mil assentos
Porto Alegre: 43 voos e 6,7 mil assentos
VCP Campinas: 33 voos e 8,3 mil assentos
Fortaleza: 27 voos e 6,4 mil assentos
Recife: 25 voos e 5,9 mil assentos
Belo Horizonte: 25 voos e 5,1 mil assentos
Salvador: 22 voos e 5 mil assentos
Manaus: 14 voos e 1,7 mil assentos
Belém: 13 voos e 2,3 mil assentos
Florianópolis: 12 voos e 2,2 mil assentos
Curitiba: 10 voos e 1,1 mil assentos
Foz do Iguaçu tem cinco voos internacionais por semana, Porto Seguro e Natal três, Navegantes (SC) dois, Cabo Frio (RJ) um e João Pessoa também um.