Desde ontem (21), a Casa do Benin (foto), administrada pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) na Rua Padre Agostinho Gomes, 17, no Pelourinho, em Salvador (BA), passa a ter novos dias de visitação: de terça-feira a sábado, das 9h às 17h. O equipamento cultural possui um acervo oriundo de países africanos, especialmente do Benin, e abrigam peças artísticas feitas com materiais diversos, como madeira, cerâmica, bronze, tecido, além da beleza arquitetônica do imóvel e a localização privilegiada, no Centro Histórico.
O espaço também promove diversas atividades, como eventos de gastronomia, oficinas artísticas, música e arte. De acordo com Aline Rodrigues Guimarães, gestora da Casa do Benin, o local é muito importante para que os baianos possam conhecer mais sobre ancestralidade africana.
“Existe um intercâmbio cultural entre a Bahia e o Benin que é enriquecedor. Uma grande parte de africanos escravizados e trazidos para a nossa cidade e recôncavo, vieram do Benin e seus descendentes retornaram à África levando nossa cultura. É o que Pierre Verger chamava fluxo e refluxo cultural. E isso tem muito valor para nossa cultura”, afirma Aline.
A Casa do Benin recebe cerca de 350 visitantes por mês na baixa estação, e 800 visitantes na alta estação, que compreende os meses de Verão. Durante as visitações é realizada uma mediação cultural para aproveitamento do acervo, apresentando uma temática educativa afro-brasileira e africana.
Nova exposição
O equipamento cultural é palco da abertura da exposição e exibição do documentário “Candomblé, um legado africano”, nesta sexta-feira (24), a partir das 18h. O objetivo das obras é explicar os fundamentos da religião, além de apresentar formas de resistência, mostrando o hino à natureza e à vida como um legado africano. Com direção de Erika Thomas e Bernard Thomas, os projetos têm autoria e criação do pai de santo Baba Leo. Crédito da foto: Max Haack.