Por Lucas Borges Teixeira
Mais de três milhões de pessoas são esperadas para cruzarem a avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, durante a 23ª edição da Parada do Orgulho LGBT segundo a organização. Com o tema “50 anos de Stonewall”, o evento deve registrar aumento de 12% a 15% no número de turistas na cidade, segundo a SPTuris, apesar das críticas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao turismo LGBT.
A expectativa de crescimento, assim como a ampliação de todo o turismo LGBT no Brasil, vai de encontro às declarações do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou, no final de abril, que o Brasil “não pode ser o país do mundo gay”. Em maio, o governo retirou o incentivo ao turismo LGBT do Plano Nacional.
De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo da capital paulista, a Parada movimentou R$ 288 milhões durante o fim de semana de 2018. Em uma pesquisa feita em 2017, estimou-se que cada visitante ficou em média dois dias e gastou cerca de R$ 1.100. Neste ano, a Paulista receberá 19 trios elétricos com atrações nacionais e internacionais, além de diferentes atividades programadas para todo o feriadão de Corpus Christi. Nesta sexta, por exemplo, acontece a 2ª Marcha do Orgulho Trans de SP na sexta e, no sábado, o Walking Tour São Paulo LGBTT, que pretende mostrar pontos da cidade que tenham relação com a comunidade LGBT. Entre as atrações estarão a ex-Spice Girl Mel C, Iza, Gloria Gro.
Neste ano, a Paulista receberá 19 trios elétricos com atrações nacionais e internacionais, além de diferentes atividades programadas para todo o feriadão de Corpus Christi. Nesta sexta, por exemplo, acontece a 2ª Marcha do Orgulho Trans de SP e, neste sábado, o Walking Tour São Paulo LGBTT, que pretende mostrar pontos da cidade que tenham relação com a comunidade LGBT. Entre as atrações estarão a ex-Spice Girl Mel C, Iza, Gloria Groove, Aretuza Love, Luiza Sonza, entre outros. A cidade também tem sessões de cinema sobre o tema, o Miss Brasil Gay 2019 e até a Cãominhada da Diversidade.
Cidade se orgulha de sua Parada, diz prefeito
Cerca de 3 em cada 4 participantes do evento é da capital paulista. “Não posso falar em números exatos, mas tem aumentado muito [a quantidade de turistas]. No ano passado já tivemos uma questão de logística na alocação de ônibus. Muitos grupos fazem bate-volta”, afirma Clóvis Casemiro, coordenador do Brasil da IGLTA, principal associação para a promoção do turismo LGBT no mundo. No ramo de turismo há 40 anos e presente na organização da Parada desde a primeira, em 1997, Casemiro diz que a tendência é de crescimento, apesar da crise econômica. “São Paulo virou um bom destino gay, dos mais procurados do mundo”.
No ramo de turismo há 40 anos e presente na organização da Parada desde a primeira, em 1997, Casemiro diz que a tendência é de crescimento, apesar da crise econômica. “São Paulo virou um bom destino gay, dos mais procurados do mundo. Em época de Parada, os hotéis estão cada vez mais cheios”, afirma ele, sem precisar o aumento. O evento tem o patrocínio de grandes empresas, como Burger King, Uber e Amstel, além do apoio da prefeitura e do governo do estado. Neste ano, a prefeitura da capital investiu R$ 1,8 milhão. Não há investimento do governo federal no evento.
“A cidade se orgulha da sua Parada e a prefeitura colabora no que for possível. É uma questão estratégica na gestação de emprego e renda na cidade. No ano passado, trouxe um impacto econômico estimado em R$ 288 milhões”, afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB) durante a coletiva sobre o evento, nesta semana.
*Fonte: UOL