Depois de um hiato de quase 10 anos sem vir à Bahia, o cantor e compositor paranaense Arrigo Barnabé vem a Salvador para apresentar o show Quero que vá Tudo pro Inferno, só com músicas de Roberto e Erasmo Carlos, no Café-Teatro Rubi, Wish Hotel da Bahia, dias 05 e 06 de julho às 20h30.
Arrigo também fez Caixa de Ódio, um mergulho no universo das canções de Lupicínio Rodrigues, e agora interpreta canções da mais famosa dupla de compositores brasileiros, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, nesse novo show.
Arrigo, que também é instrumentista, conta que morava em Londrina (PR), sua cidade natal, estava trabalhando e havia juntado um dinheiro que dava para comprar apenas um LP. Na loja, hesitou um pouco entre dois discos: o Fino da Bossa, com Elis Regina e Jair Rodrigues, e o de Roberto Carlos Quero que vá Tudo para o Inferno. Mas Arrigo não resistiu e se rendeu ao rei.
No show, a escolha do repertório transita entre canções acentuadamente românticas, líricas – Como é Grande o meu Amor por Você, Gatinha Manhosa, Os seus Botões, Eu te Darei o Céu, Detalhes – canções irreverentes e inconformadas – Quero que vá Tudo para o Inferno, Sua Estupidez, Se Você Pensa, Vem Quente que eu estou Fervendo (Carlos Imperial e Eduardo Araújo) e canções com um toque existencialista – Sentado à Beira do Caminho e As Curvas da Estrada de Santos. Todas são dirigidas a um “você”, que é o ser amado, são declarações de amor, coloquiais, confessionais.
Arrigo também interpreta duas canções que Caetano Veloso fez para Roberto – Como Dois e Dois e Força Estranha. As duas são tocadas em guarânia, o que faz com que elas soem diferentes e despertem nossa escuta, criando um diálogo sutil entre a letra, um poema moderno e filosófico e a forma musical, mais tradicional, ingênua, espontânea.
História
O reconhecimento de Arrigo pelo grande público veio logo com o primeiro disco Clara Crocodilo, em 1980, quando foi recebido pela imprensa como a maior novidade na música brasileira desde a Tropicália. Em suas composições, Arrigo mistura elementos e procedimentos da música erudita do século XX a letras ferinas sobre a vida na grande cidade. O músico propõe uma linguagem poética e musical anticonvencional, mesclando música erudita de vanguarda, rock e MPB.
O instrumentista escreveu também várias composições para trilhas sonoras de filmes brasileiros e, junto a outros artistas, é referência para a Vanguarda Paulista, movimento de que faz parte, ao inserir atonalismo e serialismo na MPB.
É responsável por diversas trilhas sonoras para cinema e participa como ator dos filmes Nem Tudo É Verdade (1984), de Rogério Sganzerla (1964-2004), interpretando Orson Welles, e Anjos da Noite (1987), de Wilson Barros (1948-1992), além da novela da Globo Direito de Amar (1987).
Serviço
O quê: Arrigo Barnabé – Quero que vá Tudo pro Inferno
Quando: 05 e 06/7 (sexta e sábado)
Horário: 20h30
Onde: Café-Teatro Rubi
Quanto: Couvert artístico – R$ 100
Compra
Bilheteria: Café-Teatro Rubi – 71 3013.1011
segunda a sábado, das 14h às 19h (em dias de apresentação, até às 20h30)
Vendas online: https://couvertartistico.cafeteatrorubi.com.br/