Rio Grande do Sul: Agências de viagens devem contratar 23% a mais

Por Cecília Melo

Mais de 1.100 agências de viagens do Rio Grande do Sul indicaram perspectiva de aumento de 23% no número de empregados, de 72% na demanda de serviços ofertados e de 68% no faturamento para os próximos meses. Os índices gaúchos são os maiores identificados pela pesquisa entre os seis estados (SP, RJ, BA, MG, PR) que tiveram dados individuais consolidados pelo MTur. 01 12 17 agencia viagem BOB 0135
Foto: Roberto Castro/MTur

A pesquisa tem por objetivo identificar a perspectiva dos empresários quanto ao desempenho de seus estabelecimentos e destinos para os seis meses subsequentes ao levantamento (maio a outubro). A projeção futura das agências consultadas no RS indicou otimismo, se comparada com os resultados do 1º trimestre do ano. De janeiro a março, 35% delas indicaram alta na receita, 9% apontaram aumento do número de empregados e 45% na demanda pelos serviços ofertados. CONFIRA O ESTUDO NA ÍNTEGRA.

Para o ministro interino do Turismo, Daniel Nepomuceno, os números demonstram otimismo e corroboram para a virada que a nova gestão está realizando no setor. “Precisamos monitorar o comportamento do setor turístico brasileiro e ver se as ações chegam na ponta. Isso é um importante impulso para continuarmos trabalhando ainda mais para desenvolver o setor turístico nacional, gerando emprego, renda e inclusão social, além de fortalecer nossos destinos”, finalizou.

RAIO X DA PROCURA

Sondagem feita pelo MTur mostra ainda que Porto Seguro é um dos principais destinos procurados pelos turistas gaúchos entre junho e julho. Foto: Divulgação

 

O estudo também leva em consideração o ranking dos principais destinos procurados pelos turistas gaúchos nos meses de junho e julho deste ano, segundo as agências de viagens consultadas, além de traçar o perfil dos viajantes da região. O Nordeste lidera quatro das cinco primeiras posições. Dentre os destinos estão Maceió (AL), em 1º lugar; Porto Seguro (BA), na segunda posição; além de Fortaleza (CE) e Ipojuca (PE), nos 4º e 5º lugares. Rio de Janeiro aparece na terceira posição.

O levantamento mostrou ainda que 46% dos viajantes gaúchos, segundo as agências de viagens do RS consultadas pela pesquisa, procuram destinos onde possam aproveitar os momentos de lazer com sol e praia. Passeios culturais ou em patrimônios históricos ocupam a segunda posição (24%). A maioria das viagens são feitas por casais (32%), seguido de casais com filhos (31%) e viagens em família ou com amigos (22%).

MERCADO

Outro ponto inovador da pesquisa feita pelo Ministério do Turismo é a medição dos estados de origem de cada uma das agências consultadas com os destinos escolhidos pelos viajantes. O objetivo é contribuir, de forma antecipada, com as ações de promoção, bem como oferta de serviços das agências e destinos turísticos brasileiros. A pesquisa auxilia as empresas do setor de agenciamento de viagens a avaliarem nichos de mercados a serem melhor explorados.

Com esta sondagem, por exemplo, é possível identificar que os turistas das agências gaúchas consultadas pela pesquisa não têm Amapá, Pará, Rondônia, Sergipe e Tocantins como destinos procurados entre os meses de junho e julho, enquanto Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas são os estados mais demandados pelos viajantes. “Informações com estas mostram que a qualificação dos serviços turísticos, bem como o aumento da competitividade do setor de viagens traz benefícios principalmente aos turistas, com preços mais acessíveis e mais opções de ofertas em todos os destinos nacionais, além de ganhos de mercado para as agências”, destaca Daniel Nepomuceno.

O ESTUDO

A Pesquisa de Sondagem Empresarial das Agências e Organização de Viagens está em sua primeira edição e será realizada semestralmente pelo Ministério do Turismo. O estudo é uma expansão da sondagem já realizada com o setor hoteleiro e pretende avaliar a percepção de desempenho, no cenário atual e futuro, das agências e operadores turísticos, além de identificar o comportamento do consumidor sob a perspectiva dos empresários para os períodos de alta temporada.

Para o subsecretário de Inovação e Gestão do Conhecimento do Ministério do Turismo, Marcelo Garcia, área responsável pelo estudo, este novo nicho atua diretamente com o consumidor (potencial ou real) de viagens. “Além de informações sobre o desempenho da empresa, o setor de agências e operadores representa uma potencial fonte de informações sobre o comportamento de consumo do mercado doméstico, em especial para a projeção da demanda com informações sobre motivo de viagem, segmento turístico de interesse e principais destinos demandados”, destaca. Segundo o subsecretário, a ideia é aumentar cada vez mais o número de agências consultadas pela pesquisa.

*Fonte: Agência de Notícias do Turismo

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