A companhia aérea Cabo Verde Airlines assinou com o Banco Internacional de Cabo Verde (BICV) e com o Ecobank uma linha de crédito de 24 milhões de dólares, cerca de 21,3 milhões de euros ao câmbio de hoje.
Durante a cerimônia de assinatura do acordo, que decorreu sexta-feira, dia 12, o presidente da Cabo Verde Airlines, Jens Bjarnason, recordou o “longo caminho” percorrido até agora.
Em Março, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da companhia aérea nacional TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, uma empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação.
Para o Governo cabo-verdiano, a alternativa à privatização seria a sua liquidação, a qual custaria mais de 181 milhões de euros.
Jens Bjarnason acredita que a assinatura da linha de crédito foi “provavelmente o passo final” neste processo e que a mesma visa “assegurar a sustentabilidade da empresa para o futuro”.
No final da cerimônia, o presidente da Cabo Verde Airlines revelou que o financiamento hoje assinado foi no montante de 24 milhões de dólares e que este já era previsível aquando da decisão de adquirir a empresa.
O acordo irá permitir à empresa “navegar” nos próximos 18 a 20 meses, adiantou Jens Bjarnason, acrescentando que o interesse do grupo está agora apenas nas ligações aéreas internacionais.
Por seu lado, os representantes dos bancos que vão assegurar este financiamento disseram acreditar no projeto, classificando-o de “estratégico” para Cabo Verde.
A encerrar a cerimônia, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia, sublinhou o crescimento da empresa, não só em número de ligações e de aviões, mas também de trabalhadores cabo-verdianos, pedindo confiança aos trabalhadores da empresa, mas também empenho.
“Às vezes temos défice de produtividade e um absentismo laboral muito elevado”, lamentou.
É intenção do Governo continuar o seu desinvestimento na empresa, com a alienação de 10% do seu capital social aos trabalhadores e emigrantes, mantendo-se com 39% das ações da companhia que serão alienadas ainda em 2019 a investidores nacionais e internacionais.
Segundo o contrato de privatização assinado, “o parceiro estratégico não poderá alienar as suas acções durante um período de cinco anos, tendo para tal de ter autorização do Governo”.
Passado este período, e caso pretenda fazê-lo, o Governo tem sempre direito de preferência.
Fonte: PressTUR com Agência Lusa