Bananal: O roteiro exótico e exuberante da maior ilha fluvial do mundo

Por Seleucia Fontes

Para quem busca exotismo e exuberância, a Ilha do Bananal não pode deixar de entrar no roteiro de viagem. Com área de cerca de 25 mil km², é considerada a maior ilha fluvial do mundo, localizada no Tocantins entre dois grandes rios, o Javaés e o Araguaia, nas divisas com os estados de Goiás e Mato Grosso, na planície do Cantão. Lagos, praias, pesca esportiva, etnoturismo convergem neste ecossistema único.

Arquipélago do Tropeço Rio Tocantins, na Cidade de Peixe. Foto: Jackson Reis/ Arquivo Governo do Tocantins

 

Conforme a recente atualização do Mapa do Turismo Brasil, coordenada pela Superintendência de Turismo da Adetuc, a Região Turística Ilha do Bananal hoje inclui cinco municípios: Gurupi, Lagoa da Confusão, Peixe, Sandolândia e São Salvador.

Um dos destinos mais procurados é Lagoa da Confusão, considerada porta de entrada para a Ilha e o Parque Nacional do Araguaia, primeiro parque ambiental criado no Brasil. Distante cerca de 205 km de Palmas, com acesso pela TO-255, que faz ligação com Cristalândia, ou a TO-164 que liga a região à TO-354, passando por Pium, o município possui belezas e ecossistemas incomparáveis envolvendo cerrado, mata e pantanal. Na cidade, o destaque fica para a pedra calcária que dá impressão de movimentar-se pela lagoa, sendo esta a origem do nome do muncípio.

Os veranistas podem fazer passeios de barco, fazer safári fotográfico na Lagoa dos Pássaros, que abriga centenas de espécies, e ainda visitar a Ilha, onde o destaque é a pesca esportiva, sendo que das mais de 300 espécies existentes na região, 50 são consideradas esportivas.

A presença de acampamentos que recebem pescadores de várias regiões do país é autorizada pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que mantém um escritório em Pium, ou a Fundação Nacional do Índio (Funai), em Palmas ou em São Félix do Araguaia (MT).

A Funai administra o Parque Indígena do Araguaia, onde habitam indígenas das etnias Karajá e Javaé, conhecidos pelo rico artesanato e festas tradicionais de grande beleza. Mas para entrar nas aldeias é necessária também autorização dos caciques.

Neste período do ano, em que parte da Ilha ainda está alagada, o acesso ao lado Karajá é feito pelo Mato Grosso, de onde se tem acesso por voadeiras a partir de São Félix ou Luciara. Já as aldeias do povo Javaé são acessíveis por Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia.

Pedra calcária que parece se movimentar deu origem ao nome de Lagoa da Confusão. Foto: Emerson Silva/ Governo do Tocantins

 

 

 

Praias

Localizado a 250 km de Palmas, na região Sul do Estado, Gurupi é a principal ligação com Peixe, município conhecido pela qualidade da praia da Tartaruga e pela beleza do arquipélago do Tropeço.

São Salvador fica a 250 km de Gurupi e 412 km de Palmas. Os destaques da região são a praia do Retiro e a Gruta Furna da Onça

Já Sandolândia fica a 416 km da Capital, passando por Formoso. Na temporada, a atração é a praia Barra do Rio, banhada pelo rio Javaé.

Projeto Travessia

O movimento Pedais e Trilhas do Tocantins realiza entre os dias 19 a 22 julho, na Ilha do Bananal, a 10ª edição do projeto Travessia – Vivências e Experiências, reunindo cerca de 60 atletas que percorrerão 100 km de bicicleta dentro da Ilha. Durante a aventura, os atletas realizam ações sociais e práticas de responsabilidade social e intercâmbio cultural, junto as comunidades indígenas Javaés e Karajá, incluindo palestras sobre doenças transmissíveis, distribuição de roupas, cestas básicas e brinquedos.

 

 

 

 

 

Pedra calcária que parece se movimentar deu origem ao nome de Lagoa da Confusão

Emerson Silva/ Governo do Tocantins

 

 

Indígenas da etnia Karajá, habitantes da Ilha do Bananal

Emerson Silva/ Governo do Tocantins

 

 

 

 

 

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