Por Igor Regis
Após registrar queda de ocupação durante o primeiro trimestre de 2019, em virtude da diminuição de turistas argentinos, os resorts fecharam o semestre com resultados positivos e crescimento. Os bons números do segundo trimestre tiveram bases em dois fatores: a retomada do segmento de eventos, muito prejudicado em 2018, e pelo surpreendente “fenômeno Avianca”.
O aumento dos preços das passagens aéreas, provocado pela redução e depois suspensão das atividades da aérea, gerou um movimento de turismo regional no segmento de lazer. Turistas optaram por viagens rodoviárias, dentro do próprio estado ou região, favorecendo a escolha dos resorts em feriados de abril, maio e junho e até nas férias de meio de ano.
“Os dados do segundo trimestre mostram um grande crescimento de ocupação nos fins de semana nos grandes centros. O lazer teve um aumento impulsionado principalmente pelo público emissor da região. Isso é reflexo do aumento dos bilhetes aéreos, que fez com que as pessoas procurarem resorts no mesmo estado. Em estados como Bahia, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerias percebemos este aumento”, destaca Ricardo Domingues, diretor executivo da Associação Brasileira de Resorts (ABR), em entrevista ao M&E.
O executivo citou exemplos como empreendimentos de Mata São João, na Bahia, Costa Verde e Mar, em Santa Catarina, Teresópolis do Rio de Janeiro, e Serra da Mantiqueira em São Paulo e Minas Gerais. Os dados deste aumento serão divulgados no relatório Resorts em Números, que sera publicado já nas próximas semanas.
O fenômeno de turismo regional nos resorts ainda foi impulsionado pelo turismo doméstico, decorrente da instabilidade do dólar na primeira metade do ano. “As reservas para as férias de julho fizeram com que a ocupação ficasse a todo vapor. Essa performance muito boa acontece quando o dólar oscila muito. A flutuação cambial favorece os resorts”, completa Domingues.
*Fonte: mercado&eventos