Viajar sozinha vem sendo uma tendência, principalmente nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa realizada pela Booking.com com viajantes do Brasil, Argentina, Colômbia e México, 72% dos homens afirmaram já ter feito viagens internacionais sozinhos, enquanto as mulheres respondem a dez pontos percentuais a menos e representando 62% das respostas. Além disso, 61% dos viajantes acreditam que há um certo preconceito com mulheres que viajam sozinhas.
Além disso, de acordo com o levantamento, os viajantes da América Latina têm percepções predominantemente positivas acerca da mulher que viaja por conta própria. Para os latino-americanos, elas são independentes (65%), aventureiras (54%), seguras de si (51%) e corajosas (40%) – em meio aos viajantes brasileiros, os números sobem para 71%, 52%, 53% e 49%, respectivamente. No entanto, o medo ainda faz parte de 17% das mulheres e, por isso, 100% delas se sentiriam mais seguras em viajar em um grupo só de mulheres.
Mesmo ainda não sendo tão forte quanto a presença masculina, a plataforma decidiu auxiliar as mulheres que desejam desbravar o mundo em sua própria companhia. Por isso, em parceria com a Ong Think Olga, desenvolveu o “Mulheres pelo Mundo – Um Guia para Viajar em sua Própria Companhia”, que, além de apresentar um parâmetro sobre o mercado, apresenta dicas práticas às leitoras.
Já de acordo com Juliana de Faria, fundadora da Think Olga, a missão da Ong é sensibilizar o público a temas que são ignorados. “Mulheres não são entendidas como seres da cidade, mas seres do lar, domésticas. Oferecemos esse guia para servir como um amigo para elas. Temos plena consciência que nunca é culpa da mulher, independente do que aconteça”, ressalta a profissional.
Ainda de acordo com Juliana, viagens em sua própria companhia não precisa ser necessariamente para países estrangeiros ou distantes, mas pode também se tratar de momentos de conhecer seu próprio destino, de conhecer o local onde vive, de ir num restaurante sozinha, de explorar o destino só.
“De certa forma é até paradoxal ver que, ao mesmo tempo que tem pessoas que têm preconceito com essas mulheres, há pessoas que as admiram por estarem sendo corajosas de se aventurarem em um novo destino, por exemplo. Se pararmos para pensar, houve um avanço nos últimos dez anos, até mesmo na acessibilidade do ato de viajar”, completa. Fonte: Brasilturis.